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Madeira

ADN diz que suspensão dos trabalhos plenários na Madeira é "falha grave no compromisso com o povo"

Foto DR/ADN
Foto DR/ADN

O  Partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) na Madeira "considera que a suspensão dos trabalhos plenários na Assembleia Legislativa da Madeira é um sinal preocupante de como as prioridades políticas estão afastadas dos interesses dos cidadãos". Em nota de imprensa divulgada esta manhã, assinada pelo seu líder regional, salientam que "o parlamento, enquanto órgão máximo de representação democrática, tem o dever de funcionar como espaço de debate, fiscalização e tomada de decisões em benefício da população".

Por isso, entendem que "interromper os trabalhos compromete esses princípios e mina a confiança, já tão depauperada, no sistema político e nos políticos". E acrescenta: "Esta suspensão dos trabalhos plenários sem uma razão que realmente justifique tal decisão é um desrespeito aos eleitores que confiaram nos seus representantes. A Assembleia Legislativa é o lugar onde questões fundamentais para a região são debatidas, desde a gestão de recursos públicos até aos desafios sociais e económicos que afectam directamente a vida dos madeirenses. Qualquer interrupção no funcionamento normal prejudica este processo e envia a mensagem errada à população."

Para além disso, frisa Miguel Pita, "a ausência de sessões plenárias reduz a visibilidade das decisões políticas, enfraquece o papel fiscalizador do parlamento e contribui para a falta de transparência", sendo que "esta paralisação irá fazer com que projectos de lei, propostas e outras iniciativas cruciais fiquem adiadas, atrasando soluções para problemas urgentes", adverte.

Para o ADN, "quando os cidadãos veem os seus representantes a falhar no cumprimento dos seus deveres, a credibilidade do sistema político é abalada e fica prejudicada a confiança pública", reforçando que "os deputados e partidos com assento na Assembleia Legislativa da Madeira devem explicar claramente as razões para esta suspensão. Qual é o impacto real desta pausa nos trabalhos? Que soluções estão a ser propostas para retomar o funcionamento pleno do parlamento? Sem estas respostas, a medida parece mais uma estratégia política do que uma necessidade legítima", questionam e sentenciam.

Desta forma, "apela à responsabilidade política, que não tem existido nos últimos anos, pois a Região Autónoma da Madeira enfrenta desafios significativos, desde questões económicas até problemas ambientais e sociais que requerem atenção imediata. É inaceitável que os trabalhos legislativos sejam interrompidos num momento em que a acção política é tão necessária", lamenta.

Para Miguel Pita, "os eleitores merecem respeito, e a responsabilidade dos seus representantes é estar presente, discutir e agir em prol do bem comum. Suspender os trabalhos plenários é um desvio dessa obrigação e deve ser alvo de crítica e pressão pública para que a normalidade seja rapidamente retomada", reforça a crítica.

Por isso, em conclusão, afirma que "no mesmo sentido, os representantes eleitos têm o dever de estar à altura das expectativas e necessidades da população. A suspensão dos trabalhos plenários na Assembleia Legislativa da Madeira é uma falha grave nesse compromisso. É hora de os deputados retomarem as suas funções com seriedade e de colocarem os interesses dos cidadãos em primeiro lugar", sentencia.