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Madeira

“Ninguém é enterrado em valas comuns”, assegura a CMF

Aumento de funerais justifica situação pontual como a hoje registada no Cemitério de São Martinho por razões operacionais

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Foto: CMF

“Ninguém é enterrado em valas comuns”, assegura a Câmara Municipal do Funchal (CMF), ao pedido de esclarecimento solicitado pelo DIÁRIO na sequência do ‘post’ hoje publicado pelo padre José Luís Rodrigues, sob o título ‘Pessoas não são gado’, e no qual manifestava indignação pela alegada prática de “valas comuns para enterrar corpos”. Expressão que terá sido usada de forma desadequada, considera a Autarquia funchalense, reagindo assim à publicação nas redes sociais que motivou a explicação para o sucedido.

Padre indignado que se continue a enterrar mortos em "valas comuns"

"Pessoas não são gado" adverte o padre José Luís Rodrigues

Orlando Drumond , 07 Janeiro 2025 - 15:11

A CMF começa por apontar que “nos meses de Inverno, estatisticamente, aumenta o número de funerais”. Prova disso, “hoje, dia 7 de Janeiro de 2025, foi um dia excepcional. Verificaram-se 13 funerais, num só dia, nos cemitérios municipais. Só no Cemitério de São Martinho, houve 3 cremações, 5 inumações em coval (terra) e 2 em jazigos”, esclarece.

Para melhor entendimento, explica que “na rotina diária de inumação, a equipa de serviço prepara de véspera, em média, 3 covas para dar resposta aos funerais, sendo que a terra retirada das covas fica acumulada numa área restrita, uma vez que a existência de sepulturas inviabiliza o espalhamento dessa mesma terra”.

Sustenta que “perante a situação verificada no dia de hoje, houve necessidade de abrir mais covais do que é habitual, gerando desta forma maior quantidade de terra exposta” - ver foto em anexo.

A CMF adianta que “amanhã, novamente, existirão 5 inumações em terra, pelo que a equipa terá de proceder da mesma forma, considerando que por questões operacionais não se consegue de momento proceder de outra forma”, justifica.

Assegura a Autarquia que “estas situações são pontuais, sendo que, nos últimos 2 anos não há registos de situações semelhantes”, conclui.