Sindicato da Hotelaria prepara plenários e concentrações à porta das empresas
Adolfo Freitas garante "formas de luta" até que o patronato reconheça o valor dos trabalhadores
Sindicalista lamentou silêncio do Executivo regional
O Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria da Madeira, pela voz do seu presidente Adolfo Freitas, explicou, ao DIÁRIO, que estão a preparar novas “formas de luta” para reivindicar ao patronato melhores condições salariais, como sejam plenários nas empresas, concentrações à porta das empresas e das entidades públicas ou a entrega de panfletos aos turistas. Nova greve, explicou, terá de ser discutida em plenário.
Depois da greve de três dias (30 e 31 de Dezembro e 1 de Janeiro), período que coincidiu com o final do ano na Madeira, o sindicalista, ao contrário do responsável da Mesa da Hotelaria da Associação Comercial e Industrial do Funchal que falou, ainda na passada semana, numa adesão residual, preferiu sublinhar que “os trabalhadores não são números. São seres humanos que merecem ter valor e dignidade. Andamos a lutar por aumentos de salários dignos e justos, ao contrário daquilo que o patronato quer fazer”.
Na reunião desta segunda-feira, que decorre das realizadas quinzenalmente pela direcção do Sindicato da Hotelaria, Adolfo Freitas fez questão de lamentar a ausência de declarações por parte do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, mais ainda quando o Executivo passou o ano a chamar a si os créditos pelo bom momento no turismo.
Ainda sobre os números da greve, que não quis concretizar em percentagem, lembrou que há várias empresas a prestar serviços de outsourcing, pelo que não estão incluídas nestes aumentos pretendidos, e outras que “ameaçaram os trabalhadores ou acenaram com bónus”.