"O que temos vindo a assistir na região é a monopolização da área social" diz o RIR
O RIR considera que "o que temos vindo a assistir na Região é a monopolização da área social". O partido, através de comunicado, mostra-se preocupado com as altas problemáticas e aponta que o problema já poderia ter sido resolvido ou amenizado se tivesse havido investimento em lares.
"Os nossos governantes nada fazem, a não ser anunciar verbas destinadas às mais variadas IPSS, supostamente para a criação e/ou aumento da capacidade de Unidades de Cuidados Continuados, à mercê do PRR e por conseguinte, aumento do número de vagas para finais deste ano ou para 2026", indica Liana Reis. A coordenadora regional do partido acredita que "se o envelhecimento da população fosse uma preocupação e prioridade do governo regional, nunca estaríamos perante um cenário caótico como este".
O RIR critica ter-se abdicado da gestão de uma estrutura residencial para idosos, para a entregar a uma associação privada. "O Estabelecimento Bela Vista, em tempos o maior lar público da RAM, se tivesse sido devidamente gerido e zelado, seria uma mais valia na resolução do flagelo das altas problemáticas", indica Liana Reis, apontando como outro exemplo o Estabelecimento Santa Isabel que, apesar de ainda ser do domínio da Segurança Social, já deveria ter sido requalificado aquando do primeiro anúncio de amplificação do mesmo.
Em tempos (e muito possivelmente também no presente), as vagas nos lares públicos eram maioritariamente ocupadas por situações de pessoas vindas do domicílio. Raramente entrava alguém em situação de alta problemática. Sempre houve e infelizmente haverá o “fator cunha” a falar mais alto, deixando os mais vulneráveis e os que menos posses têm abandonados nos nossos hospitais. Liana Reis
O partido aponta ainda crítica tanto ao apoio domiciliário, como ao apoio dado ao cuidador informal, que diz serem insuficientes para fazer face às necessidades da Região. "Precisamos que o Orçamento seja feito em prol das reais necessidades da nossa sociedade. Com o nível de vida que temos actualmente, as famílias não podem deixar de trabalhar para cuidar do seu familiar em situação vulnerável. Seria um luxo conseguir tal coisa", indica.
" A situação das 12 camas por ocupar desde Outubro de 2024 no Lar da Nossa Senhora da Estrela, da Santa Casa da Misericórdia da Calheta é um dos exemplos em que se denota a total irresponsabilidade da Segurança Social da Madeira. A ocupação das mesmas está pendente da revisão do acordo de cooperação com a Segurança Social da Madeira! Esta situação para o Partido Reagir Incluir Reciclar é inadmissível, visto que de antemão haveria conhecimento prévio por parte da Segurança Social e agora esquiva-se com o facto do executivo madeirense estar em gestão", termina.