DNOTICIAS.PT
Artigos

Limpar a Madeira de vez!

A moção de censura legitimamente apresentada pelo CHEGA e aprovada no parlamento regional criou a oportunidade histórica para a Madeira encetar um novo ciclo, rompendo com a liderança de um partido convertido no epicentro de uma governação corroída pela corrupção, enredada em compadrios, definida por amiguismos, absorvida na arrogância e posta ao serviço de certa elite política e empresarial. O mesmo partido que, ao longo dos anos, transformou a Região numa terra pobre, onde a saúde é oferecida em troca de votos, onde as desigualdades proliferam como ervas daninhas, onde governantes acumulam fortunas que não lhes vêm do trabalho e onde cidadãos de Bem labutam honestamente de sol a sol, mas são tratados como lacaios por certa gente armada em dona de tudo, que vive à custa do sacrifício dos Madeirenses.

A reacção dos demais partidos à onda de mudança criada pelo CHEGA foi desastrosa e emblemática da degradação a que o sistema político chegou.

O PSD, incapaz de reconhecer as suas enormes responsabilidades na crise instalada, mantém-se agrilhoado, tanto à sobrevivência do seu líder como aos interesses ilegítimos que sustentam o seu reinado de nepotismo. Sem argumentos, sem causas e sem identidade, o partido está rendido ao desespero, e, através da sua legião de secretários e demais apaniguados, chantageia os cidadãos com lengalengas mentirosas de que, se o tirano não for reeleito, a Região colapsará. Já nem lhes resta um pingo de vergonha.

O PS, dividido internamente e sem estratégia, adormece e acorda a falar do CHEGA e já chegou ao cúmulo de colocar em Lisboa cartazes que gozam com o falar Madeirense. Além de ter perdido a liderança da oposição para o CHEGA (que fez mais na luta ao regime no pouco tempo em que está na assembleia do que o PS em cinco décadas), também já olvidou os mínimos da dignidade partidária, sobrevivendo em banho-maria até a chegada do próximo líder.

O JPP, com a sua máscara de falso humanismo, não passa de uma extensão falaciosa da prepotência que muito gosta de apontar nos outros. Aliás, a sede de poder é tanta que já não há vestes de sacristia que disfarcem a sua obsessão pelo controlo dos tachos e as guerras internas que faz a quem não se identifica com o saneamento que impõe, bem à moda do marxismo que o inspira. Verdes por fora, mas vermelhos por dentro.

Por fim, o CDS luta por garantir a desejada reforma dourada, nem que para tal se tenha de oferecer ao licitador mais chorudo. Porque abandonou, há muito, qualquer réstia de verticalidade ideológica, o CDS vive a política como um jogo de sobrevivência, no qual aceita ser tratado como parceira de ocasião, seja pelo PSD ou pelo PS.

Em suma, é este o panorama de uma oposição que se diz plural, mas que, na prática, está rendida ao sistema e é cúmplice dos governos que condenaram a Madeira à pobreza – tal como foi dito no texto da moção e que tanto lhes doeu! Mas, não menos deprimente tem sido a postura de certa comunicação social, que, apesar de pregar objectividade, veste, com zelo servil, a túnica de escudeira do regime. É uma rendição lamentável e que apenas contribui para perpetuar a estagnação e a corrupção.

Neste contexto de desilusão, são cada vez mais raros aqueles que, de forma genuína, lutam pelo futuro da Madeira. Em contrapartida, são demasiados os que tentam convencer o Povo de que não vale a pena ir a votos, de que a Madeira vai acabar se o PSD de Albuquerque for combatido e que são os que querem confrontar os corruptos é que são os maus da fita. Tal discurso nada mais é que uma estratégia vil, destinada a proteger os interesses que dominam a economia, a política e tantos outros sectores da sociedade. Não podemos, sob qualquer pretexto, ceder a essa narrativa insidiosa!

A luta que os Madeirenses enfrentam é uma luta pela sua liberdade, pela dignidade e pelo direito de viver numa terra livre de opressão. Para alcançá-la, é imprescindível derrotar sociais-democratas sem identidade, noivas sem norte, profetas da hipocrisia e bengalas desesperadas. Esta é uma batalha que a Madeira não pode perder! Como já provou, o CHEGA é o único baluarte contra a podridão sistémica e o único garante de que a corrupção, o compadrio e a passividade cúmplice nunca mais serão os valores que imperam na política e na sociedade madeirense. A Madeira merece e exige melhor. E é hora de limpá-la de vez.