Cafôfo volta a acusar Albuquerque de "sabotagem" e "terrorismo político"
Depois de, a 16 de Dezembro, ter criticado “a postura chantagista” do presidente do Governo Regional, ao ameaçar que as obras vão parar na Região porque o Orçamento para 2025 foi chumbado e, novamente no dia 23, "de estar a boicotar a obra do novo Hospital para garantir a sua sobrevivência política", o líder do PS/Madeira reforça que Miguel Albuquerque preparar-se "para travar propositadamente o desenvolvimento da Região com o intuito de retirar dividendos eleitorais".
PS-Madeira acusa Albuquerque de chantagem e sabotagem e apela à mudança
O PS-Madeira intensificou esta segunda-feira as críticas ao Governo Regional, liderado por Miguel Albuquerque, acusando-o de chantagem e sabotagem. Em conferência de imprensa, na véspera da votação da moção de censura, o líder socialista, Paulo Cafôfo, considerou "vergonhoso" o uso que Albuquerque faz do cargo para fins partidários e denunciou as "mentiras" sobre a paralisação das obras e a situação financeira da região.
PS-M acusa Albuquerque de boicotar obra do novo Hospital
Em nota enviada esta tarde à comunicação social, o Partido Socialista da Madeira acusa o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, de "mentir e de estar a boicotar a obra do novo Hospital para garantir a sua sobrevivência política".
"Esta é uma postura que os madeirenses não podem mais tolerar", atirou Paulo Cafôfo.
Depois de, esta manhã, o presidente do Governo ter voltado a ameaçar que as obras do novo hospital vão parar em Maio, devido ao 'chumbo' do Orçamento para 2025, Paulo Cafôfo voltou condenou "a sabotagem à Região e o terrorismo político que Albuquerque continua a fazer sobre os madeirenses".
Obras no novo Hospital vão parar em Maio” garante Albuquerque
O presidente do Governo Regional voltou esta manhã a garantir que um conjunto de empreitadas públicas “vão parar”, como será o caso da obra do Hospital Central e Universitário da Madeira. Miguel Albuquerque explicou aos jornalistas que essa interrupção decorre do chumbo ao orçamento e respectiva queda do seu executivo pelo que não haverá milagres em continuar com a empreitada, comparticipada com fundos regionais, nacionais e europeus.
O líder da oposição faz ainda questão de esclarecer que "as obras não irão parar pelo facto de a Madeira ser gerida em duodécimos".
"As obras só param se o Governo as mandar parar”, assegura o líder socialista, acusando Miguel Albuquerque de "mentir e chantagear os madeirenses".
O presidente do Governo já não tem vergonha na cara, nem qualquer problema em prejudicar a Madeira e a população, apenas com o objectivo de garantir a sua sobrevivência política, manter-se agarrado ao poder e continuar a esquivar-se a responder à Justiça (...). Quem age desta forma não merece a confiança das pessoas e deve “ser posto na rua de uma vez por todas Paulo Cafôfo
O socialista clarifica que !o 'chumbo' do Orçamento Regional não implica a paralisação da Região – já que está prevista uma excePcionalidade no que diz respeito às questões orçamentais – e, muito menos, de uma obra como a do Hospital, que é de manifesto e claro interesse público".
Além disso, frisa, que "a gestão em duodécimos permite que o executivo possa utilizar mensalmente todas as verbas que estavam orçamentadas em 2024, até que haja novo Orçamento aprovado". “Portanto, as coisas só não avançam se o Governo não quiser”, acrescenta.
“Já basta de ver Miguel Albuquerque a recorrer à política suja e à chantagem barata sobre os madeirenses para se manter no poder, quando está à vista de todos que é precisamente essa sua obsessão doentia que está na base da instabilidade que se vive na Região há já um ano”, sentencia o líder socialista.
O presidente do PS-M argumenta que "o caos governativo acentuou-se a partir do momento em que foram desencadeados os processos judiciais que levaram à constituição de Miguel Albuquerque e de outros membros do Governo como arguidos por suspeitas de corrupção".
Mais, recorda que, "na sequência das eleições de Maio de 2024, nas quais os madeirenses disseram claramente que não queriam o PSD a governar a Região, foi Albuquerque que foi dar garantias de estabilidade governativa ao Representante da República".
“A verdade é que, passados poucos meses, foram os partidos que viabilizaram o seu Governo que lhe puxaram o tapete e não aprovaram o orçamento”, acrescenta, vincando que "o fim da instabilidade só será possível com um novo executivo".