Cafôfo critica "rendimentos de miséria" dos agricultores madeirenses
“Quem trabalha na agricultura não tem de ser pobre ou escravo”, disse o líder do PS-M disse, no mercado do Santo da Serra
O presidente do PS-Madeira entende que é necessário valorizar os produtos regionais e melhorar os rendimentos dos agricultores madeirenses, asseverando que, com um Governo do PS na Região, isso será uma realidade.
Esta manhã, numa conferência de imprensa realizada no Mercado Agrícola do Santo da Serra, onde esteve em contacto com os produtores que ali comercializam os seus produtos, Paulo Cafôfo afirmou que “já é tempo de os agricultores madeirenses deixarem de ter um rendimento de miséria”.
Crítico em relação à actuação do Governo Regional no que diz respeito ao sector, o líder dos socialistas sublinhou que é preciso dar valor a quem se dedica a esta actividade e alertou que “quem trabalha na agricultura não tem de ser pobre ou escravo”. “Com um Governo do PS, nós queremos que os agricultores tenham orgulho em ser agricultores e que a agricultura se torne uma atividade sustentável, e não de subsistência nem de miséria”, reforçou.
Paulo Cafôfo deu conta do falhanço das políticas do Governo nesta matéria, sendo a prova disso o facto de a área agrícola ter vindo a recuar sistematicamente ao longo dos últimos anos, atingindo actualmente mínimos históricos.
Conforme o DIÁRIO noticiou a 13 de Dezembro último, em 25 anos a Madeira perdeu uma área agrícola equivalente a 942 campos de futebol. Apesar da queda da superfície agrícola ter recuado 47% nesse período, está a recuperar lentamente desde a pandemia.
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O líder do PS-M exemplificou que nos últimos dez anos, a área e a produção de batata – a típica semilha – reduziram 65%, o que faz com que tenhamos de comprar produtos de fora, sem a qualidade caraterística dos regionais.
Segundo o presidente dos PS-M, é necessário ajudar os pequenos produtores, seja através do apoio à produção, seja, também, através da aquisição dos produtos regionais. “O Governo Regional deveria dar preferência à aquisição de produtos regionais nas escolas, nos hospitais e nos lares”, afirmou, explicando que esta seria uma forma de incentivar directamente os agricultores, mas também de contribuir para a dinâmica do setor, valorizando os nossos produtos e aumentando o rendimento de quem trabalha a terra.