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Madeira

ADN defende a liberalização do transporte marítimo entre a Madeira e o Porto Santo

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O ADN-Madeira veio, hoje, a público defender a liberalização do transporte marítimo entre a Madeira e o Porto Santo. Isto numa altura em que o navio Lobo Marinho, que faz a ligação entre as ilhas do arquipélago, se irá realizar a sua doca de manutenção anual, conforme foi noticiado na edição impressa de hoje do DIÁRIO.

Lobo Marinho vai para manutenção para se tornar mais ecológico

A manchete deste domingo, 5 de Janeiro, revela que Intervenção histórica torna Lobo Marinho mais ecológico. O navio-ferry irá realizar "doca de manutenção anual" que "custará 5 milhões de euros" e "arranca quarta-feira e dura seis semanas. Permitirá reduzir a emissão de 3,2 mil toneladas de CO2 por ano. Viagens inter-ilhas deixam de ter paragem semanal entre Maio e Outubro". leia todas as novidades na página 3.

Perante mais uma paragem de seis semanas destinadas à manutenção anual do único Ferry existente na RAM autorizado a fazer as ligações maritimas comerciais entre a Madeira e o Porto Santo, o Partido Politico ADN - (Alternativa Democrática Nacional) considera que, apesar das várias campanhas e respectivas eleições regionais dos últimos anos, os madeirenses e porto-santenses continuam a ser prejudicados em mais um direito constitucional adquirido, neste caso no que concerne à mobilidade marítima entre ilhas e o continente português, face a um monopólio que teimosamente persiste na nossa sociedade regional e torna-nos reféns dum grupo económico que dita e impõe as suas próprias regras Miguel Pita, ADN

Em comunicado remetido esta manhã às redacções, o ADN argumenta que "a liberalização do transporte marítimo entre a Madeira e o Porto Santo iria possibilitar uma concorrência saudável e democrática, em que a população poderia escolher mediante o valor, qualidade, conforto, tempo de viagem".

Para o ADN tal solução constituiria uma "eventual alternativa às condicionantes do nosso aeroporto da Madeira perante o vento e a neblina", nomeadamente se o cais de embarque/desembarque fosse deslocado para o porto do Caniçal. 

Aproveitando a proximidade entre Santa Cruz e Caniçal os passageiros afectados poderiam usar um Ferry que de forma rápida e eficaz, faria a ligação entre o Porto Santo e o Caniçal, em mais do que uma viagem diária, levando e trazendo os passageiros afectados, colocando de parte a equação de um eventual novo aeroporto na Madeira

Esta é de resto, uma proposta do partido que data de 2023, recorda a mesma nota.

(...) à semelhança do que já havíamos proposto em 2023, seria muito mais ecológico se o cais de embarque/desembarque fosse deslocado para o porto do Caniçal, nem que de forma aleatória em alguns dias da semana, pois reduziria significamente o tempo de viagem, assim como emitia menos poluição para o ambiente, descongestionava o cais do Funchal aquando da partida e chegada do ferry e impulsionava o desenvolvimento comercial, criava novas infraestruturas e consequentemente gerava mais emprego na costa Este da ilha da Madeira, assim contribuía para a descentralização existente na RAM Miguel Pita, ADN

O ADN-Madeira defende, assim, "o fim deste monopólio que nos deixa limitados ao ferry Lobo Marinho no que diz respeito às viagens marítimas".

"(...) seja perante as interrupções das terças-feiras para descanso (merecido) da tripulação, seja aquando das semanas previstas para a manutenção anual ou perante as previsões extemporâneas de mau tempo, pois os madeirenses e porto-santenses não podem continuar reféns de grupos económicos e o livre mercado deve ser também aplicado a este sector regional Miguel Pita, ADN

Os cerca de 3 mil lugares em transporte aéreo disponibilizados pela empresa Porto Santo Line a residentes naquela ilha e registados no Portal Simplifica durante as seis semanas de manutenção do seu navio, não são uma solução viável no entender do ADN.

Esse facto não atenua os prejuízos perante o sector turístico regional que fica também limitado nas viagens entre ilhas, assim como perante todos os madeirenses que tencionavam se deslocar ao Porto Santo ou até mesmo a carga prevista durante esse período Miguel Pita, ADN

Numa nota mais positiva, o ADN-Madeira louva o facto desta manutenção e alteração do modelo energético no Lobo Marinho, permita que menos 3.200 toneladas de CO2 por ano sejam enviadas para a atmosfera.