Falta de medicamentos no Hospital é “reflexo de governação desastrosa”
Presidente da Câmara de Santa Cruz sobre rutura no Serviço de Urgência
“A actual falta de medicamentos na farmácia hospitalar é uma situação intolerável e que expõe, de forma gritante, as falhas de uma governação que compromete tanto a dignidade dos profissionais de saúde como a vida dos doentes”, afirmou hoje Filipe Sousa num comunicado remetido às redacções.
O presidente da Câmara de Santa Cruz (JPP) criticava, assim, a situação que se tem vivido nos últimos dias no Serviço de Urgência do Hospital Hospital Dr. Nelio Mendonça.
Como é possível que, em pleno século XXI, numa região autónoma que se orgulha de integrar o espaço europeu, faltem medicamentos essenciais para o tratamento de pacientes? Filipe Sousa
Conforme noticiou o DIÁRIO na edição impressa de sexta-feira, 3 de Janeiro, "há tratamentos alterados por causa da escassez de fármacos no hospital do Funchal e há fornecedores que recusam satisfazer necessidades do SESARAM devido a atrasos nos pagamentos".
Falta de medicamentos compromete Urgência
A notícia que faz a manchete da edição desta sexta-feira do seu DIÁRIO revela que a falta de medicamentos compromete o Serviço de Urgência. Há tratamentos alterados por causa da escassez de fármacos no hospital do Funchal e há fornecedores que recusam satisfazer necessidades do SESARAM devido a atrasos nos pagamentos.
O autarca considera que "esta rutura, que já atingiu proporções alarmantes" e é "resultado directo da incapacidade do Governo em assegurar o pagamento atempado aos fornecedores", insiste.
A falta de confiança destes no executivo não é mais do que uma consequência da gestão desastrosa que tem caracterizado este governo e os partidos que o sustentam. Não é de surpreender que os fornecedores deixem de acreditar numa administração que demonstra, continuamente, inaptidão para gerir as prioridades fundamentais da saúde pública. Filipe Sousa
Remetendo para a realidade local, Filipe Sousa argumenta que foi esta mesma "falta de confiança" que o seu executivo encontrou em Santa Cruz quando herdou "a desastrosa gestão do PSD". Confiança essa que "levou vários anos a recuperar e que hoje está bem presente em todas as áreas de intervenção do Município de Santa Cruz", sublinha.
"É ainda mais revoltante constatar que este mesmo governo e os partidos que o suportam (PSD/CDS) e que não conseguem garantir o mais básico nos hospitais, sempre foram céleres a criticar a Câmara Municipal de Santa Cruz, que ousou implementar soluções para reduzir as listas de espera para pequenas cirurgias. Na verdade, enquanto desperdiçam energia em ataques políticos, a população sofre as consequências da inação e das escolhas erradas feitas a nível regional. Chegou o momento de exigir responsabilidade. A saúde dos cidadãos não pode continuar a ser refém de uma governação que se perde em promessas vazias e políticas mal estruturadas", conclui.
Os profissionais de saúde merecem ter as ferramentas necessárias para exercerem o seu trabalho, e os doentes têm direito a um sistema que respeite a sua dignidade e que lhes garanta o acesso aos tratamentos de que precisam. É inadmissível que, em vez de soluções, continuemos a assistir a uma degradação alarmante do nosso Serviço Regional de Saúde. Filipe Sousa