PS defende reorganização do Sistema Regional de Saúde
Paulo Cafôfo defende uma reorganização do Sistema Regional de Saúde, por forma a resolver os problemas que actualmente enfermam o sector, e adianta que, com um Governo do PS, haverá uma junção das áreas da Saúde e do Social.
Numa conferência de imprensa promovida esta manhã no Mercado dos Lavradores, o presidente do PS-Madeira afirmou mesmo que, neste novo ano, o remédio para a Saúde será a Região ter um novo Governo, tendo em conta que os problemas têm vindo a acumular-se e não são resolvidos. Uma situação que, especificou, não se deve a motivos financeiros, já que este é “o Governo que tem tido mais dinheiro em toda a nossa história”, afirmou, citado pela assessoria de imprensa.
Além das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, o líder dos socialistas destacou o facto de, no ano passado, até Novembro, as receitas do Executivo – muitas delas dos impostos dos madeirenses – terem aumentado 215 milhões de euros. “O Governo, com mais dinheiro, com mais receita, não consegue, por exemplo, pagar os medicamentos aos fornecedores do Hospital”, criticou, observando que a falta de remédios tem sido sistemática, seja nas urgências, para doenças respiratórias, seja para doentes crónicos e doentes oncológicos.
Por outro lado, Paulo Cafôfo apontou o problema das urgências entupidas, que se deve a várias razões, uma delas as altas problemáticas, que atingem neste momento um recorde de 230, sem que o Governo encontre uma solução.
"Necessitamos de uma reorganização do Sistema Regional de Saúde, a começar pela própria orgânica do Governo. Com um Governo do PS, iremos juntar a área da Saúde à área Social, porque faz todo o sentido esta intercomunicabilidade em duas áreas que se tocam e que são fundamentais para os madeirenses" Paulo Cafôfo
O presidente do PS-M focou também o facto de as urgências acabarem por ser a porta de entrada no Serviço de Saúde, quando deviam ser o último recurso. “Nós temos, de uma forma indigna, pessoas nos corredores dias e dias nas urgências sem uma solução. Isto acontece porque o sistema falha na base, que são os cuidados primários, mas também nas próprias consultas de especialidade”, sustentou.
Segundo referiu, em 2024, as listas de espera para consultas de especialidade aumentaram 68%, para cirurgias cresceram 85% e para exames de diagnóstico aumentaram 87%. “Como as pessoas não têm resposta no Serviço Regional de Saúde, o único recurso (que devia ser o último, mas acaba por ser o primeiro) é irem às urgências. Portanto, nós precisamos de uma reorganização total do Sistema Regional de Saúde”, reforçou, vincando que a Saúde será uma prioridade para um Governo do PS.