Ano de 2024 com menos vítimas mortais e feridos ligeiros
Em 2024, foram registadas 475 vítimas mortais, 2.675 feridos graves e 43.319 feridos leves, no continente e nas Regiões Autónomas.
Estes são os dados provisórios os principais resultados de sinistralidade e fiscalização rodoviárias relativos ao ano agora findo, divulgados hoje pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
O mesmo balanço dá conta que, em relação a 2019 – ano de referência para monitorização das metas de redução do número de mortos e de feridos graves até 2030 fixadas pela Comissão Europeia e por Portugal – registaram-se menos 45 vítimas mortais (menos 8,7%) e menos 1.634 feridos leves (menos 3,6%). Contudo, apuraram-se mais 143 feridos graves (mais 5,6%).
No continente, registaram-se 461 vítimas mortais, 2.506 feridos graves e 41.489 feridos leves em 2024.
• Comparando com 2015, registou-se uma diminuição das vítimas mortais (-12; -2,5%), no entanto observou-se uma tendência crescente nos feridos graves (+256; +11,4%) e nos feridos leves (+2.663; +6,9%)
• Face a 2019, registou-se uma diminuição nas vítimas mortais (-13; -2,7%) e nos feridos leves (-1.713; -4,0%). Em contrapartida, houve mais 205 feridos graves (+ 8,9%).
• Em comparação com o ano de 2023, observaram-se aumentos em todos os indicadores, exceto nas vítimas mortais (-6; -1,3%). Registaram-se mais 69 feridos graves (+2,8%) e mais 431 feridos leves (+1,0%).
• Em 2024, em matéria de sinistralidade grave (vítimas mortais + feridos graves) os distritos de Beja (+20,7%), Leiria (+ 15,3%), Coimbra (+13,7%) e Braga (+13,6%) foram os que registaram as variações mais elevadas neste agregado de vítimas face ao ano anterior. Em contrapartida, Vila Real (-18,1%), Castelo Branco (-17,7%) e Viana do Castelo (-9,9%) apresentaram os decréscimos mais significativos, em contraciclo com a variação geral (+2,2%).
Condutores adotam comportamentos mais seguros
No âmbito da fiscalização, em 2024, foram fiscalizados mais de 250,1 milhões de condutores/veículos, um aumento de 78,5% em comparação com 2023, sendo que os radares SINCRO da ANSR foram responsáveis por 95,6% do total dos veículos fiscalizados, representando um aumento de 84,3% em relação a 2023.
Durante estas ações de fiscalização foram detetadas mais de 1 milhão de infrações, o que representa um aumento de 1,0% face ao ano anterior.
Contudo, a taxa de infração (n.º total de infrações/n.º total de veículos fiscalizados) reduziu 43,4% comparativamente com 2023, situando-se em 2024 nos 0,41%.
Relativamente à tipologia de infrações, a velocidade representou 67,9% do total das infrações, seguida das inspeções periódicas com 5,7%. Comparando com o ano anterior, as infrações por velocidade aumentaram 2,2% e as infrações relacionadas com a inspeção periódica obrigatória diminuíram 0,7%.
Taxa de infração da velocidade diminui para 0,28%
Em 2024, foram fiscalizadas 247,5 milhões de viaturas por radar tendo sido registadas 700 mil infrações, o que representou uma taxa de infração (nº de infrações de velocidade/nº de veículos fiscalizados) de 0,28%. Comparativamente a 2023, registou-se uma redução de 43,2% face à taxa de 0,50% registada no anterior.
Taxa de infração do álcool diminui para 1,64%
Quanto à condução sob o efeito do álcool, em 2024, foram submetidos ao teste de pesquisa de álcool 1.848.764 condutores, menos 2,4% comparativamente a 2023, tendo a taxa de infração (nº de infrações por álcool/ nº de testes efetuados) também diminuído 13,1%, de 1,89% em 2023 para 1,64% em 2024.
Detenções devido à criminalidade rodoviária baixou em 26,0%
A criminalidade rodoviária, medida em número total de detenções, baixou em 26,0%, tendo atingindo 26.737 condutores. Do total, 54,1% deveu-se ao álcool, com uma redução de 29,3% comparativamente ao verificado no ano transato.
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