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Mais de 3,5 milhões de pessoas estão deslocadas em Myanmar

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Foto Arquivo/Lusa

Mais de 3,5 milhões de pessoas estão deslocadas em Myanmar (antiga Birmânia), um aumento de 1,5 milhões em relação há um ano, de acordo com a ONU, que alerta para uma crise humanitária sem precedentes no país.

O golpe militar de 2021 reacendeu combates entre a Junta Militar que tomou o poder e grupos étnicos armados, que há décadas lutam por autonomia e controlo de recursos como jade, madeira e ópio.

O Gabinete das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários (OCHA) revelou que 6% da população total do país de 57 milhões de pessoas está deslocada, das quais um terço são crianças, um aumento recorde face a 2023.

Os recentes bombardeamentos aéreos e ataques com 'drones' intensificaram o conflito, afetando grande parte das regiões do país e agravando o sofrimento das populações locais.

A crise humanitária em Myanmar agravou-se com conflitos, desastres naturais e epidemias, de acordo com a ONU.

Com perspetivas sombrias para 2025, a ONU estima que 19,9 milhões de pessoas, incluindo 6,3 milhões de crianças, necessitarão de assistência humanitária nos próximos meses.

O OCHA apelou hoje a um esforço internacional, solicitando 1,1 mil milhões de dólares (cerca de mil milhões de euros) em donativos, mas alertou para o impacto do crónico subfinanciamento na resposta às necessidades crescentes.

Para esta organização, a situação deteriora-se a cada dia, com milhares de birmaneses a abandonar as suas casas, ficando com cada vez menos meios de subsistência e enfrentando um futuro incerto.