CDS aponta o dedo a Albuquerque, ao PSD e à oposição pela crise política na Madeira
O CDS-PP Madeira realizou, esta noite, um jantar de pré-campanha, em Machico, onde reuniu mais de uma centena de militantes e simpatizantes e onde o líder do partido deixou críticas a toda oposição.
Na ocasião, José Manuel Rodrigues criticou a instabilidade política e responsabilizou o PSD e os restantes partidos pela crise e pela queda do Governo. "É verdade que o PSD revelou uma enorme incapacidade para resolver os seus judiciais e as suas divisões internas e não teve capacidade negocial para evitar esta crise e a convocação de eleições; mas é também verdade que os partidos ditos da oposição revelaram toda a sua irresponsabilidade ao derrubar o governo e ao chumbar o orçamento para este ano sem terem uma alternativa", constatou.
O CDS foi o único partido que revelou sentido de responsabilidade em toda esta crise política; foi o único partido que percebeu a mensagem do eleitorado, transmitida nas eleições de 2019, de 2023 e em Maio do ano passado: quando o povo não quer dar, e bem, a maioria absoluta a um só partido, é dever de todos os outros partidos se entenderem no Parlamento para dar estabilidade política e governabilidade à Região. O CDS parece ter sido o único partido a perceber o que é esta vontade do povo e esta realidade normal em Democracia José Manuel Rodrigues, líder do CDS-PP Madeira
Nesta sua intervenção, Rodrigues concluiu que, já não há paciência para tanta incoerência e tanta contradição por parte de alguns partidos. Aqueles que "vêm falar da necessidade de haver estabilidade e de governabilidade, quando foram esses mesmos partidos que lançaram a Madeira no maior período de incerteza e de desconfiança da história da Democracia e da Autonomia na nossa terra, derrubando o Governo e chumbando o Orçamento", sublinhou.
O partido maioritário fala na necessidade da mesma estabilidade e de termos acordos partidários, mas foi o primeiro a furar o entendimento parlamentar com o CDS e a se lançar numa fuga para a frente que não se sabe onde acabará. Não esquecemos o comportamento errático da sua liderança e tiramos as devidas ilações José Manuel Rodrigues, líder do CDS-PP Madeira
Numa sala repleta de juventude, o presidente aproveitou a oportunidade para elencar soluções válidas para os problemas da Madeira e dos Madeirenses e comunicou, também, que o CDS apresenta-se a estas eleições, de 23 de Março, com listas próprias, "com o dever cumprido e confiando na escolha dos Madeirense e Porto-santenses".
Nesse sentido, José Manuel Rodrigues elencou uma série propostas que o partido considera como prioritárias para existir um "crescimento económico com mais justiça social, protecção dos mais velhos, incentivos e oportunidades aos mais novos, tendo em vista uma sociedade mais justa e harmoniosa".
O CDS defende que tem propostas concretas para melhorar a vida dos madeirenses, como a redução de 30% no IRS, a descida progressiva do IVA, o aumento do salário mínimo para 1.000 euros em 2026, como também promete ainda alargar o subsídio de insularidade e outros apoios sociais para crianças e idosos.