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Regionais 2025 Madeira

CDU acusa Governo Regional de "fomentar a desvalorização do trabalho"

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A CDU Madeira acusou esta sexta-feira, 31 de Janeiro, o Governo Regional de estar a "fomentar a desvalorização do trabalho" através do " uso abusivo de programas de ocupação de desempregados e estágios profissionais na Região com o fim de substituição de postos de trabalho permanentes". 

Durante uma acção política realizada hoje, junto ao Instituto de Emprego, o dirigente da CDU, Ricardo Lume, referiu que "os programas de ocupação de desempregados e os estágios profissionais têm servido para colmatar necessidades permanentes de trabalho".

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Trata-se de trabalhadores que, encontrando-se em situação de desemprego ou estágio profissional, durante um determinado período asseguram o funcionamento de um largo conjunto de serviços públicos, mas também de associações privadas sem fins lucrativos. CDU

Ricardo Lume denunciou que "estes trabalhadores não têm qualquer direito laboral, não têm direito a férias, a subsídio de férias e subsídio de Natal. Auferem um subsídio de 1,3 vezes o valor do Indexante de apoio social (IAS) ou seja cerca de 679€ por mês, para trabalhar 30 horas por semana", apontando que, ao fim de um ano, "são substituídos por um outro trabalhador desempregado, exactamente com as mesmas condições".

"É uma nova forma de escravatura dos tempos modernos", disparou. 

A redução do número de desemprego na Região têm como base o aumento dos vínculos precários, mas também através da colocação dos desempregados em programas de ocupação temporária e em formações, pois desta forma deixam de serem contabilizados como desempregados. CDU

O dirigente da CDU concluiu acusando o Governo Regional de "camuflar os verdadeiros números do desemprego" e indicando que "o Instituto de Emprego no seu relatório anual afirma que no ano de 2023, 2670, desempregados participaram em programas ocupacionais e 1040 foram abrangidos por estágios profissionais, e no plano de actividades do Instituto de Emprego para 2025 constam metas continuam a potenciar estes programas em vez de garantir efetivamente a criação de postos de trabalho".

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