Chega exige subsídio de insularidade para os guardas prisionais das regiões autónomas
O deputado madeirense do Chega, Francisco Gomes, eleito à Assembleia da República pelo círculo eleitoral da Madeira, defendeu, em sessão plenária, a atribuição do subsídio de insularidade aos guardas prisionais das regiões autónomas.
Em nota emitida, o parlamentar explica que a proposta da autoria do Chega "visa corrigir uma discriminação criada pelo governo da República em 2000, que suspendeu o pagamento do referido subsídio aos guardas prisionais naturais da Madeira e dos Açores, mantendo-o apenas para os profissionais provenientes do continente".
Durante a sua intervenção, Francisco Gomes teceu duras críticas ao Governo da República e ao Governo Regional da Madeira, denunciando o que entende ser "promessas não cumpridas em relação às populações das regiões autónomas", as quais, na sua opinião, "continuam a ser vítimas de governantes egoístas, incompetentes e mais interessados em enriquecer a si, aos amigos e às empresas do regime do que em servir as pessoas”.
É ridículo que venham três projetos a esta casa, pedir a esmola de tratar guardas prisionais com dignidade a um Estado que gasta nove milhões do nosso dinheiro em pensões vitalícias. Pedir esmola a um Estado que gasta 70 milhões do nosso dinheiro em gabinetes. Pedir esmola a um Estado que gasta 30 mil milhões do nosso dinheiro em bancos falidos. Francisco Gomes, deputado do Chega na Assembleia da República
O parlamentar reforçou que "a discriminação dos guardas prisionais insulares é reflexo de um padrão de desigualdade sistemática imposta pelo poder central e alimentada pela falta de capacidade governativa dos líderes regionais".
Falam em PIB recorde, mas escondem que um terço dos madeirenses vive na pobreza. Anunciam campos de golfe, mas fazem dívidas que deixam os doentes cancerosos sem medicamentos. Gabam 4 mil milhões na Saúde, mas deixam 37 mil à espera. Pregam transparência, mas metem cinco arguidos no governo. Francisco Gomes, deputado do Chega na Assembleia da República
Concluindo a sua intervenção, o deputado frisou que o Chega "não se resignará perante o que entende serem injustiças" e prometeu "continuar a defender os interesses das regiões autónomas".
“Não nos rendemos. Não nos calamos. Não nos vergamos. Do norte ao sul. Da costa ao interior. Das autonomias à fronteira. É sempre, sempre, sempre por Portugal!”, concluiu Francisco Gomes.