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Governo francês ameaçado com moções de censura na negociação do orçamento

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Foto Shutterstock

O governo francês, de François Bayrou, viu a oposição a elevar o tom nas negociações orçamentais, com a extrema-direita e os socialistas a ameaçarem apresentar uma moção de censura, que pode ditar o seu fim, após dois meses.

O chefe do governo pode sofrer a mesma sorte do seu antecessor, Michel Barnier, derrubado por uma moção de censura em 04 de dezembro, apoiada pela esquerda e apoiada pela extrema-direita, aponta a Efe, em peça assinada por Luis Miguel Pascual.

Bayrou mudou de estratégia. Em vez de se apoiar na extrema-direita de Marine Le Pen, que selou o destino do antecessor, preferiu agora procurar o apoio dos socialistas, cujos 66 deputados podem ser a chave da sua sobrevivência.

As negociações do orçamento decorrem desde quinta-feira na comissão mista paritária, formada por sete senadores e sete deputados.

Mas o texto que venha a resultado tem de ser votado depois na Assembleia Nacional.

Le Pen já fez saber que não vai aceitar um artigo que prevê o aumento do preço da eletricidade.

Os socialistas, por seu lado, rejeitam um orçamento de austeridade, que corte ajudas sociais ou a assistência médica a imigrantes indocumentados, como exigem a direita e a extrema-direita.

A comissão paritária deve apresentar na sexta-feira o seu projeto de orçamento, que pode ser votado na próxima semana por senadores e deputados.

Se não tiver apoio suficiente, Bayrou pode decidir aprová-lo sem o voto parlamentar, como fez o antecessor, o que desencadeou a apresentação de moção de censura que o derrubou.

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