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Incêndios Madeira

Domingos Xavier Viegas defende estudo independente sobre incêndios na Madeira

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Domingos Xavier Viegas disse que o conhecimento que tem dos incêndios na Madeira, em Agosto, é indirecto, pois não esteve na Madeira aquando dos incêndios nem após estes serem debelados.

Está a decorrer, na Assembleia da República, a audição de Domingos Xavier Viegas, director do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais, sobre a gestão dos meios de proteção civil no incêndio ocorrido em Agosto de 2024 na Região Autónoma da Madeira, fruto de um requerimento do PS.

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Sofia Canha, deputada eleita pelo PS-Madeira lamentou que a comissão de inquérito promovida pela Assembleia Legislativa da Madeira não vá produzir um relatório final, pelo que considera que se torna mais imperativo debater estes temas na Assembleia da República, até porque no combate aos fogos estiveram envolvidos meios nacionais.

Domingos Xavier Viegas teve responsabilidades na Liga dos Bombeiros.

Sofia Canha quis saber que alterações na Madeira levaram a que os incêndios rurais tenham consequências mais intensas. A socialista quis saber se houve desvalorização por parte dos decisores políticos na primeira fase de combate ao incêndio. As unidades locais de protecção civil foram ainda alvo de debate.

“Não tenho conhecimento de detalhe e de pormenor”, mas defende que devia de haver um estudo independente sobre os incêndios na Madeira. No entanto, aponta que este na Madeira aquando dos incêndios de 2016, por diversas vezes.

O clima na Madeira alterou-se, como no resto do mundo. Apesar de não haver um grande historial de incêndios, estes têm vindo a ser mais graves. Uma grande população turística também merece especial atenção, pelo que se os residentes não estão preparados para enfrentar os incêndios, os turistas muito menos. Além disso, houve alterações nas estruturas de Protecção Civil, nos últimos 20 anos.

Quanto à avaliação da fase inicial do incêndio, houve “ineficiência”. Apesar de reconhecer que era um local onde era difícil intervir, diz que nas primeiras fotos era possível ver uma zona onde poderia ter havido um ataque inicial. “O ataque inicial é muito importante”. 10% das ignições no continente têm sido debeladas no ataque inicial.

As tomadas de decisões de pedir ajuda externa deviam ter por base documentos técnicos.

O especialista diz-se “fã” de Unidades Locais de Protecção Civil, para que a população se possa defender a si e aos seus bens. A iniciativa tem vindo a ser alargada no continente, por forma a mitigar o acesso dos bombeiros a zonas mais remotas.

Domingos Xavier Viegas diz ter falado com a presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol. Nesse sentido, diz ser crucial o papel dos autarcas na prevenção e na passagem de informação às populações. 

Por outro lado, respeitando a autonomia da Região, diz ser importante que se acompanhe o que se faz no continente, integrando um sistema que envolva todos. A governação de risco pode ser feita de maneiras diferentes, mas devemos ter os mesmos princípios.

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