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Madeira

SESARAM admite falhas ocasionais de medicamentos mas nega falta de pagamento a fornecedores

Mais de 5 mil pessoas deram entrada nas Urgências do Hospital Dr. Nélio Mendonça nesta época festiva e há 230 utentes em situação de alta clinica

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Foto Helder Santos/Aspress

O Serviço Regional de Saúde disse, hoje, que "é falso afirmar que o SESARAM não assegura atempadamente os medicamentos, por falta de pagamentos aos fornecedores.

A autoridade regional reagia, assim, à manchete do DIÁRIO desta sexta-feira, 3 de Janeiro, que dava conta que a falta de medicamentos compromete o Serviço de Urgência. "Há tratamentos alterados por causa da escassez de fármacos no hospital do Funchal e há fornecedores que recusam satisfazer necessidades do SESARAM devido a atrasos nos pagamentos", noticia hoje o nosso matutino.

Falta de medicamentos compromete Urgência

A notícia que faz a manchete da edição desta sexta-feira do seu DIÁRIO revela que a falta de medicamentos compromete o Serviço de Urgência. Há tratamentos alterados por causa da escassez de fármacos no hospital do Funchal e há fornecedores que recusam satisfazer necessidades do SESARAM devido a atrasos nos pagamentos.

Numa nota remetida às redacções ao início da tarde de hoje, o SESARAM argumenta que "durante este período festivo a porta do Serviço de Urgência nunca se fechou, nem foi recusado o atendimento a alguém" e que "para todos estes utentes foram salvaguardados todos os cuidados de saúde necessários à sua situação de doença emergente, inclusive medicamentos".

No mesmo comunicado é indicado que, "desde o dia 20 de Dezembro de 2024, o Serviço de Urgência do Hospital Dr. Nélio Mendonça assegurou cuidados de saúde emergentes a mais de 5 mil pessoas, uma média diária de atendimentos na ordem dos 400 utentes, atendidos dentro dos tempos normais e protocolados pela triagem de Manchester".

O SESARAM reforça que "o Serviço de Urgência funciona 24 horas por dia, sem interrupção", admitindo que "em alguns momentos pode ocasionalmente faltar algum produto farmacêutico". Não obstante, é sublinhado que "identificada a sua falha, o medicamento é substituído por um outro produto com as mesmas características, salvaguardando sempre a segurança do doente".

A falta de medicamentos ocasional no Serviço de Urgência causada pela grande afluência neste período não condicionou os cuidados de saúde, levou sim à substituição de alguns produtos farmacêuticos e a desencadear pedidos excecionais aos fornecedores para assegurar o cumprimento rigoroso da entrega dos medicamentos nas datas programadas, mesmo em dias festivos SESARAM

É igualmente referido que "para ultrapassar muitas das dificuldades relacionadas com o transporte atempado dos medicamentos, o SESARAM tem contado com o excelente relacionamento com os fornecedores e transitários que de forma inovadora e muitas vezes fora de horas, conseguem efectivamente que os medicamentos sejam transportados para a Madeira".

A mesma nota recorda que "o constrangimento no Aeroporto da Madeira verificado no fim-de-semana antes do Natal, causou elevados transtornos na recepção dos medicamentos de forma atempada, quer por via aérea quer por via marítima".

Face a tudo isto é falso afirmar que o SESARAM não assegura atempadamente os medicamentos, por falta de pagamentos aos fornecedores SESARAM

Utentes em situação de alta clínica

O comunicado revela ainda que "a afluência ao Serviço de Urgência registada neste período" levou a que o SESARAM tivesse que assegurar, hoje, dia 3 de Janeiro, "uma cama, alimentação e bem-estar a 230 utentes em situação de alta clinica", para além dos normais cuidados de saúde emergentes e a doentes agudos.

No dia de hoje, o Conselho de Administração do SESARAM já encetou inúmeros contatos com o Instituto de Segurança Social da Madeira com o objectivo de identificar instituições de cariz social com capacidade para acolher estes utentes. A par disso, o serviço social do SESARAM está igualmente a contactar os familiares dos 230 utentes nesta condição de 'alta clínica', no sentido de os informar das diferentes possibilidades existentes na comunidade para manterem os seus idosos em casa com o apoio das equipas da saúde e segurança social. SESARAM