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Madeira

PS diz que GR deixa doentes sem medicamentos, mas garante os “tachos da malta do PSD”

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O PS diz ser "inaceitável e gravíssima" a falta de medicamentos na farmácia do hospital, que acontece de forma recorrente, "comprometendo os cuidados de saúde aos doentes", situação que se deve à falta de pagamento aos fornecedores por parte do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM).

A situação foi hoje noticiada pelo DIÁRIO dando conta da falta de medicamentos, principalmente para tratamento de infecções respiratórias. "Isto depois de, sistematicamente, serem noticiadas ruturas de remédios para outras patologias, entre as quais doenças do foro oncológico, doenças inflamatórias da pele ou doença de Crohn", indicam os socialistas.

Falta de medicamentos compromete Urgência

A notícia que faz a manchete da edição desta sexta-feira do seu DIÁRIO revela que a falta de medicamentos compromete o Serviço de Urgência. Há tratamentos alterados por causa da escassez de fármacos no hospital do Funchal e há fornecedores que recusam satisfazer necessidades do SESARAM devido a atrasos nos pagamentos.

Temos vindo a assistir a sucessivas notícias a dar conta da falta de medicamentos e, a cada dia, o SESARAM trata de arranjar uma desculpa diferente, quando, na verdade, o que está em causa são os atrasos nos pagamentos a fornecedores. Paulo Cafôfo

Paulo Cafôfo dá nota que o Governo Regional ora aponta como justificação as dificuldades no transporte, ora os constrangimentos no aeroporto, ora ruturas no fornecedor ou, ainda, questões relacionadas com procedimentos contabilísticos. “O problema ou é do malho, ou é do malhadeiro”, evidencia o líder socialista, frisando que os tratamentos dos doentes não podem ser colocados em causa, ainda para mais pelo facto de o Governo Regional ser “caloteiro”.

O presidente do PS-Madeira condena o facto de o Governo não assegurar os medicamentos que muitos madeirenses necessitam, mas, por outro lado, ter dinheiro para “garantir os tachos da malta do PSD”. “Como ainda recentemente foi noticiado, desde o início de novembro, altura em que foi apresentada a moção de censura, este Governo já fez cerca de meia centena de nomeações, tudo para salvaguardar os interesses daqueles que se banqueteiam à mesa do regime”, aponta Paulo Cafôfo. 

"Se os doentes fossem todos do PSD, certamente esta questão não se colocava, pois bastaria uma chamada telefónica do secretário regional da Saúde para que os problemas fossem resolvidos”, termina.