Lusodescendente de 25 anos entre as vítimas do atentado de Nova Orleães
Uma das vítimas do ataque com um veículo em Nova Orleães, que fez pelo menos 14 mortos na quarta-feira, é um lusodescendente de 25 anos, noticiou na quinta-feira o Jornal Luso-Americano.
Este jornal publicou no seu sítio na Internet, citando fontes familiares, que Matthew Tenedório, de 25 anos, era filho do emigrante português Luís Tenedório e neto paterno dos emigrantes João e Dalila Tenedório, naturais de Vila Nova de Cerveira, distrito de Viana do Castelo.
Matthew Tenedório estava no local e foi baleado pelo autor do ataque, que depois de atropelar dezenas de pessoas também efetuou disparos, antes de ser abatido pela polícia.
Ainda de acordo com o Jornal Luso-Americano, Matthew Tenedório, que nasceu em Huntington, Long Island, no Estado de Nova Iorque, esteve num jantar para celebrar o Ano Novo com os pais e decidiu ir com amigos para a Bourbon Street, onde ocorreu o ataque.
Quer Matthew, quer o pai, Lou Tenedório, eram técnicos de audiovisual no Superdome and Smoothie King Center, uma arena no centro da cidade de Nova Orleães, destacou também este jornal.
A equipa de futebol americano de Nova Orleães, New Orleans Saints, transmitiram as condolências à família pela morte de Matthew Tenedório, frisando que era um "membro valiosos" da equipa de produção de vídeo".
"Matthew era jovem, talentoso e tinha um futuro brilhante, ajudando a produzir conteúdos de qualidade quer para os New Orleans Saints e Pellicans [basquetebol]", pode ler-se.
O ataque ao longo da Bourbon Street matou 14 pessoas, juntamente com o autor do atentado Shamsud-Din Jabbar.
O FBI (polícia federal norte-americana) alterou na quinta-feira a sua avaliação inicial, referindo agora que este veterano do Exército agiu sozinho, após ter dito que possivelmente tinha coordenado o ataque com outras pessoas.
Esta força policial revelou ainda que Shamsud-Din Jabbar, cidadão norte-americano do Texas, publicou cinco vídeos na sua conta de Facebook nas horas anteriores ao ataque em que proclamava o seu apoio ao Estado Islâmico (EI).
Foi o ataque mais mortífero inspirado pelo EI em solo norte-americano em vários anos, revelando o que as autoridades federais alertaram ser uma ameaça ressurgente do terrorismo internacional.
Ocorreu também numa altura em que o FBI e outras agências de segurança se preparam para uma mudança de liderança - e prováveis mudanças políticas - após a tomada de posse da administração do Presidente eleito Donald Trump.
O FBI continua a procurar pistas sobre Jabbar, de 42 anos, mas disse que, um dia após o início da investigação, estava agora confiante de que não foi ajudado por mais ninguém no ataque.
Os planos de ataque incluíam também a colocação de bombas rudimentares no bairro, numa aparente tentativa de causar mais carnificina, disseram as autoridades.
Jabbar ingressou no Exército em 2007, servindo no ativo nas áreas dos recursos humanos e da tecnologia da informação e foi destacado para o Afeganistão de 2009 a 2010. Foi transferido para a Reserva do Exército em 2015 e saiu em 2020 com o posto de sargento.