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Regionais 2025 Madeira

PAN Madeira denuncia "preocupante desleixo na gestão florestal"

De acordo com o partido, a falta de planeamento florestal compromete a recuperação dos ecossistemas da Madeira

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O PAN Madeira diz que tem estado no terreno, percorrendo as serras da Região, não só para plantar as árvores que prometeu, mas também para acompanhar o seu desenvolvimento e fiscalizar o trabalho realizado pelo Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN). No entanto, de acordo com Válter Ramos, vice porta-voz do PAN Madeira, aquilo que o partido tem constatado "é um preocupante desleixo na gestão florestal, com decisões que contrariam os princípios da conservação da natureza e da proteção da biodiversidade". 

Revela que "um dos casos mais alarmantes ocorre sobre o aterro de terras da barragem do Pico da Urze, uma zona sensível integrada na Rede Natura 2000". Neste local, conforme refere, "o IFCN optou por plantar espécies nativas, o que, à partida, pareceria uma medida acertada". Contudo, acrescenta, "é inconcebível que a mesma entidade, que investe milhares de euros na remoção e fiscalização de espécies invasoras, tenha permitido a colocação, de propósito e em vaso, de dois grandes Agaves com Crassulas, ambas incluídas na lista nacional de plantas invasoras". Esta contradição revela, no seu entender, "uma falta de planeamento e de conhecimento técnico que não pode continuar a comprometer os ecossistemas da Região". 

Além disso, conforme acrescenta, "a falta de manutenção na área é evidente". E prossegue: "A carqueja cresce descontroladamente dentro das redes, abafando parte da plantação, o que demonstra um abandono inadmissível de uma zona onde se deveriam concentrar esforços para a recuperação ecológica. Não basta plantar árvores, é necessário garantir que o seu crescimento é acompanhado e que as condições para a sua sobrevivência são asseguradas". 

Neste sentido, diz que "o PAN Madeira considera urgente a implementação de um Plano Regional de Combate a Infestantes, com critérios que impeçam a a propagação de espécies invasoras, exigindo um planeamento sério e uma fiscalização eficiente e que inclua a identificação e mapeamento atualizado das áreas afectadas". 

Além disso, conforme salienta, é proposta a criação de uma Brigada de Reflorestação das Serras da Madeira, que promovam a remoção contínua das espécies invasoras e que igualmente procedam à plantação de espécies nativas, assegurando o seu acompanhamento e a manutenção das áreas reflorestadas. Só assim, no seu entender, "se garantirá uma recuperação efectiva das nossas florestas, protegendo o património natural da Região". 

O que temos testemunhado no terreno demonstra uma falta de planeamento e uma gestão irresponsável dos nossos ecossistemas. Não podemos continuar a assistir à propagação de espécies invasoras por parte das próprias entidades que deveriam zelar pela sua erradicação. É fundamental garantir um compromisso sério e coerente com a preservação da nossa biodiversidade".  Válter Ramos 

O PAN Madeira garante que "continuará a acompanhar de perto a realidade das nossas serras, exigindo soluções concretas e coerentes para a protecção dos ecossistemas florestais da Região". 

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