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Nem atas nem desatas

Vem aí o programa da mala versão açoriana, pois já muitas malas e muitas histórias se cruzaram pelo caminho, umas fazendo esquecer as outras e nenhuma delas ainda foi reclamada pelos seus verdadeiros donos. Mas vamos preparar o panelo, desta vez não será no Porto Moniz , na Ribeira da Janela, no Chão da Ribeira no Seixal, será por toda a ilha, após o carnaval e a 23 de Março. Os partidos, coligações ou movimentos que venham a concorrer ao próximo ato eleitoral a se realizar no dia 23 de Março e que terá a particularidade de chamar os eleitores madeirenses às mesas de voto pela terceira vez nos últimos 18 meses. É caso para dizer, isto da democracia dá cá uma maçada! A direção do PSD-Madeira recusa-se a viabilizar um congresso extraordinário e o contestatário exige as atas da reunião que invalida essa convocatória. No PS é convocado um congresso regional sugerido pelo deputado da República, congresso aprovado e o homem recusa-se a concorrer à liderança do partido contra o actual presidente e futuro candidato. O JPP convoca congresso para o fim de semana de 25 a 26 deste corrente mês de Janeiro aparentemente para manter a atual estrutura diretiva. No CHEGA a malta procura nas atas aquilo ao que parece correm de um lado para outro pois ali nem congresso faz falta, tudo se resolve de forma mais económica e simplificada, sem burocracia, vem tudo pronto de Lisboa para os de cá nem terem a maçada de perder tempo com essas coisas, urge arrumar a casa e ir à procura dos amigos para rapidamente preencher as listas de candidatos como já vem sendo hábito. Os restantes partidos estarão à espera de alguns iluminados ou desprezados de qualquer lado para se organizarem apesar de já haver manifesto de publicidade de campanha duma tal Nova Direita que a esquerda deitou no lixo. Mas será que: com toda esta confusão, incerteza e trapalhada, ainda haverá quem confie o seu voto nesta gente que pouco ou nada fez para encontrar uma solução credível com que os eleitores madeirenses possam ao menos sentir algum desejo de perder tempo e ir às urnas? O descrédito é de tal ordem que a liberdade está amarrada pelo desalento e a democracia arrastada pelos cantos das ruas moribunda e sem ânimo. Parece que o tempo irá dar-me a razão e a democracia dos partidos está infetada com um vírus letal que não há vacina que a salve, apenas uma certa quimioterapia para a manter com sintomas de vida no tempo que lhe “resta”, a não ser que um milagre aconteça e o povo acorde para uma solução que o fará MUDAR de atitude e decidam escolher o menos mau dos que eventualmente tenham alguma vergonha na cara e corrijam estes 48 anos de sucessivos erros. Acho que não queremos por a liberdade posta em causa e a democracia com uma sentença de morte, ao menos deem o benefício da dúvida que poderá haver consenso e possamos restaurar a democracia, restituir a liberdade e resgatar os valores da sociedade. Há um grito latente no coração dos que ainda nos preocupamos com o bem estar dos cidadãos, na política e aos políticos deverá ser incutido um espirito tipo militar, estar ao serviço da pátria, neste caso da região e sentir orgulho em servir o próximo, por que aquilo que se tem assistido até aqui nada tem a ver com democracia, democracia não é isto, e algo terá de ser feito para MUDAR o rumo dos acontecimentos antes que nos tornemos cúmplices da nossa desgraça.

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A. J. Ferreira

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