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Machico: Orçamento para 2025

Machico apresenta um orçamento municipal de 21,5 milhões de euros para 2025, regista um aumento de 1,7 milhões de euros face aos 19,8 milhões de euros de 2024. Este crescimento deve-se, essencialmente, ao contrato-programa estabelecido com o Governo Regional para a reconstrução do Cemitério do Porto da Cruz e à contratação de um novo empréstimo bancário destinado à repavimentação das estradas no Concelho. Sem estas intervenções pontuais, o orçamento teria permanecido inalterado em relação a 2024, o que evidencia uma clara estagnação económica e financeira no concelho.

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No panorama regional, Machico ocupa a quinta posição no ranking dos orçamentos municipais, mas destaca-se pela margem reduzida que mantém face a municípios com menor dimensão. Os orçamentos municipais para 2025 nos Concelhos da Madeira são os seguintes:

1. Funchal: 150 milhões de euros

2. Santa Cruz: 57 milhões de euros

3. Câmara de Lobos: 27,5 milhões de euros

4. Calheta: 24 milhões de euros

5. Machico: 21,5 milhões de euros

6. Ribeira Brava: 20 milhões de euros

7. São Vicente: 18 milhões de euros

8. Ponta do Sol: 13,2 milhões de euros

9. Porto Santo: 10 milhões de euros

10. Porto Moniz: 9,8 milhões de euros

11. Santana: 9,7 milhões de euros

Com uma diferença de apenas 1,5 milhões de euros para a Ribeira Brava e de 3,5 milhões de euros para São Vicente, Machico encontra-se numa posição intermédia que, ao fim de 12 anos de governação socialista, não registou avanços significativos capazes de o diferenciar no panorama regional. O aumento orçamental para 2025 é motivado por projetos pontuais que, embora importantes, não traduzem uma estratégia sustentada de crescimento económico.

Ao fim de três mandatos de gestão socialista e face a este contexto, é evidente que Machico necessita de uma mudança de paradigma, apostando em políticas estruturantes e inovadoras que fomentem o desenvolvimento económico e a competitividade do concelho. Sem uma visão estratégica a médio e longo prazo, o concelho corre o risco de continuar a perder relevância no contexto regional, enquanto outros municípios investem em projetos mais dinâmicos e transformadores.

António Nóbrega

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