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Madeira

Sérgio Gonçalves quer ver um compromisso mais forte da UE com as regiões ultraperiféricas

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O Parlamento Europeu acolheu esta terça-feira, 28 de Janeiro, a discussão sobre o nono relatório sobre a coesão económica, social e territorial na União Europeia. Na ocasião, os eurodeputados sublinharam a necessidade de manter esta política descentralizada, mais acessível e capaz de responder aos desafios estruturais das regiões da União Europeia.

O eurodeputado madeirense Sérgio Gonçalves, negociador do Grupo dos Socialistas e Democratas para este relatório, alertou para os riscos da centralização e destacou a relevância dos fundos de coesão para territórios com dificuldades estruturais, como é o caso das regiões ultraperiféricas.

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Na sua intervenção na Comissão de Desenvolvimento Regional do Parlamento Europeu, o socialista saudou o entendimento entre os diferentes negociadores relativamente a esse ponto e valorizou a ênfase na simplificação administrativa: "A simplificação dos procedimentos administrativos é fundamental para garantir que os fundos de coesão sejam acessíveis e implementados de forma eficaz em todas as regiões".

Sérgio Gonçalves quer ainda que a Política de Coesão no próximo Quadro Financeiro Plurianual contemple respostas à crise da habitação.

“É fundamental que ampliemos o investimento no setor habitacional, garantindo habitação adequada e acessível em todas as regiões”, frisou, lembrando que se trata de um problema transversal a vários Estados-Membros, mas que assume uma dimensão particular nas regiões ultraperiféricas, tais como a Madeira, "onde os custos de construção e manutenção são mais elevados devido à sua localização geográfica e dependência de materiais importados".

O eurodeputado "quer ver um compromisso mais forte da União Europeia com as regiões ultraperiféricas", de forma a mitigar as dificuldades estruturais que limitam o seu crescimento e competitividade, nomeadamente em termos de transportes, acesso a mercados e diversificação económica.

“Os fundos de coesão são um instrumento indispensável para garantir um desenvolvimento equilibrado e sustentável e devem ser reforçados para assegurar que as nossas populações beneficiam em plenitude de fazerem parte do projeto europeu”, concluiu.