Agricultura vertical garante mais produção e maior rentabilidade
Empresa no Caniço a produzir 90 plantas por m2 prevê triplicar área da exploração
A Yorta é uma empresa do sector agrícola instalada no Caniço que aposta na “agricultura vertical” em estufas, recorrendo à produção “em torres aeropónicas”, método que “permite ter mais plantas por metro quadrado (m2) ”, destacou Pedro Albuquerque, o proprietário.
Actualmente produz plantas aromáticas, manjericão e micro greens, “cerca de 90 plantas por cada m2”, num total “de 300 m2 e cerca de 9.800 plantas”.
A empresa já tem planos para expandir a área de produção com o objectivo a curto prazo de vir a triplicar a produção.
“A ideia é dar à Madeira e aos madeirenses uma agricultura mais virada para as suas necessidades”, justificou o jovem empresário. Justifica a aposta na agricultura vertical como alternativa a contornar a “orografia muito particular” da ilha, e a grande dependência do exterior, ao estimar que “cerca de 70 a 80 por cento” dos produtos agrícolas consumidos na Região “vem de fora”.
Pedro Albuquerque não tem dúvidas que a aeroponia é “um bom exemplo daquilo que nós podemos e devemos fazer aqui na Região” para mitigar os constrangimentos da produção agrícola.
Declarações por ocasião da visita do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, a uma das estufas da Yorta.
O governante reforça que a hidroponia “vai ser o futuro” da agricultura da Madeira, por ser uma prática agrícola “mais sustentável, mais rentável e tecnologicamente mais avançada”.
Tratando-se de plantação vertical em estufas, permite “aumentar a produção de um leque de produtos que são consumidos na Madeira” e, por consequência, “é menos produtos que importamos”, salientou.
Miguel Albuquerque aproveitou para em jeito de apelo vincar que a inovadora prática agrícola é também “oportunidade para os jovens empreendedores” poderem avançar no campo agrícola.
“A agricultura de subsistência da Madeira não é algo que seja sustentável, nem sequer adaptável aos dias de hoje”, adverte. Ao contrário destas apostas de “jovens empresários que fazem do empreendedorismo agrícola uma actividade rentável”, concretizou.