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É a hora de fazer a mudança

Das resoluções de ano novo, temos de passar às concretizações. A maioria dos madeirenses já não quer e já não vota no PSD, e deseja um ano novo com um governo novo, pela primeira vez liderado por um partido que não aquele. O pessimismo tem de dar lugar ao otimismo. Não tem de ser tudo como sempre foi, com os mesmo a governar. Os madeirenses e porto-santenses não podem ter dúvidas de que o futuro é nosso e está nas nossas mãos. As pessoas têm o poder e têm de acreditar que têm esse poder de fazer o futuro. Lamentarem-se apenas não adianta nada, porque o que alguns querem é que o cansaço e a frustração do povo lhes permita continuarem a ser os senhores disto tudo. Mobilizemo-nos para mover obstáculos e dificuldades, e lutar, numa luta que seja, essencialmente, para construir e mudar isto, finalmente.

Esta é a hora e este será o ano da mudança governativa na Região. Pode parecer que não, mas a verdade é que têm-se verificado avanços desde 2019, ano em que o PSD perdeu pela primeira vez a maioria absoluta, até 2024, ano em que o PSD teve o pior resultado da sua história. É verdade que estes avanços são lentos, mas é com eles que acabamos por abrir o melhor caminho e, acima de tudo, planear o futuro. O PS quer ser Governo, não com o objetivo de ter o poder pelo poder, mas ter o poder para termos uma sociedade liberta dos medos e das amarras em que está, para que possamos ter melhor democracia, mais Autonomia e, acima de tudo, uma vida melhor para a nossa gente.

Precisamos de um tempo novo e esse tempo novo só será possível com o PS. É preciso estar na governação com outra energia, com outro olhar sobre os problemas e, mais importante, com soluções que possam, pelo menos, fazer com que seja realidade começar a trilhar outro caminho que não aquele que a Região tem seguido nos últimos anos.

Perante o cenário de eleições regionais antecipadas, os madeirenses não podem desperdiçar votos. A fórmula Miguel Albuquerque/PSD criou instabilidade. Neste momento, o ainda presidente do Governo, luta apenas pela sua sobrevivência. Tenho de confessar que o meu adversário não é Miguel Albuquerque, mas sim os problemas que os madeirenses enfrentam e que têm de ser resolvidos. Nomeadamente, as pessoas que trabalham, mas que não conseguem sair da pobreza, aqueles que não conseguem vaga para cirurgias ou consultas, os que não têm habitação porque não têm possibilidades para aquisição ou para pagar renda, os pais que querem dar a melhor educação aos seus filhos, mas não têm possibilidades de pagar a creche ou as propinas, os idosos que trabalharam uma vida inteira e auferem pensões muito baixas e que têm de optar pela ida ao supermercado ou pela compra dos medicamentos, ou ainda os agricultores, que trabalham tanto para valorizar o produto regional, mas vivem sempre na miséria e na subsistência.

Precisamos, pois, de outra fórmula e isso só pode acontecer dando força ao PS, o Partido que mais tem procurado apresentar as melhores propostas e estabelecer pontes com a sociedade civil e outros Partidos. O único reconhecimento que desejamos é que nos possam dar uma oportunidade para construir a esperança e, principalmente, um outro governo. A necessária estabilidade política na Região só será possível com o Partido Socialista e, como tenho dito, a mudança não se faz sem o PS e, muito menos, contra o PS.

Trabalhamos muito para que o nosso projeto mereça a confiança das pessoas, mas reconheço que nada podemos fazer sozinhos. Atualmente, ninguém tem votos para formar um Governo sem acordos e, por essa razão, tenho desafiado outros partidos para entendimentos. Tal não foi possível antes das eleições, mas acredito que num momento pós-eleitoral, haja entendimentos entre os partidos que querem realmente a mudança. A divisão dos partidos da oposição tem sido o principal fator que tem feito com que o PSD continue a governar, apesar de já não ter maiorias absolutas. Acredito mesmo que com as suas diferenças, se os partidos da oposição estiverem unidos e tiverem como objetivo comum a transformação da vida da Região, 2025 será um ano de alegria para os madeirenses porto-santenses.