Greve da hotelaria na Madeira com pouca adesão
A greve dos trabalhadores da hotelaria na Madeira, que decorreu entre segunda-feira e quarta-feira, teve pouca adesão, indicou hoje à Lusa o representante dos empresários.
"Houve muito pouca adesão nas unidades aqui na Madeira, o que já era de prever porque as pessoas, os colaboradores, acreditam nas empresas, no turismo e nós temos todos muito orgulho de ter um destino tão bom", afirmou o presidente da Mesa da Hotelaria da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF-CCIM), Eric Schumann.
A greve teve "poucos participantes", "pouca visibilidade" e "quase não houve impacto nenhum", realçou, considerando que a iniciativa foi uma forma de "pressão" e "chantagem" por parte do Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria da Madeira.
Os trabalhadores da hotelaria na Madeira iniciaram na segunda-feira uma greve de três dias, período em que a ocupação hoteleira rondou os 100% devido às festividades da passagem de ano.
Em causa está o aumento salarial de 5,5% para 2025 proposto pela Mesa da Hotelaria da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF-CCIM), que representa os empresários, valor acima da taxa de inflação prevista e que garante um acréscimo mínimo de 53 euros.
Eric Schuman defendeu que o aumento proposto "é muito bom, muito positivo", referindo que é superior em relação ao setor no continente ou ao aumento previsto para os funcionários públicos, por exemplo.
"Nós não vamos mudar de posição, a bola neste momento está do lado do sindicato, vamos combinar uma próxima reunião e ver se eles se aproximam ou alinham connosco", disse.
O sindicato, por outro lado, classifica a proposta patronal como "vergonhosa e escandalosa", defendendo um aumento salarial mínimo de 75 euros.
A agência Lusa contactou hoje o Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria da Madeira, tendo o presidente, Adolfo Freitas, remetido eventuais declarações sobre a adesão à greve para depois de uma reunião da direção da estrutura sindical, na segunda-feira.