A escritora e professora Zita Cardoso foi encontrada sem vida, esta manhã, na sua casa, em Machico. Tinha 69 anos e lutava contra um cancro há quatro.

Zita Cardoso é um nome bem conhecido da sociedade madeirense, com dezenas de livros publicados.

Nascida em Machico, a 13 de Maio de 1955, licenciou-se em História pela Universidade Clássica de Lisboa e Mestre em Gestão de Turismo pela Universidade de Bournmouth, como bolseira do Centro de Ciência e Tecnologia da Madeira (CITMA), tendo começado a sua carreira como professora do Ensino Básico, aos 18 anos.

Paralelamente, ao longo dos anos, foi fundadora e presidiu a várias associações, organismos culturais, empresariais, públicos e até desportivos.

Entre outros cargos, foi presidente da Associação de Escritores da Madeira, vereadora da Cultura na Câmara Municipal de Machico, presidente da Associação Comercial e Industrial de Machico e do Conselho Administrativo da Associação Desportiva de Machico.

Em 1983, foi louvada pela Secretaria Regional da Educação pelo seu livro pedagógico ‘Madeira, a nossa terra’, escrito em co-autoria com o professor Luís Paixão e, cinco anos mais tarde, foi agraciada com uma Medalha de Mérito Cultural pelo Governo Regional.

Mais recentemente, foi homenageada pela Associação das Indústrias Criativas, na Cimeira Atlântica das Indústrias Criativas de 2023.

A notícia também está a ser partilhada pela Confraria Enogastronómica da Madeira, que comunica o falecimento da sua querida confreira, Zita Cardoso. "Uma figura incontornável na nossa comunidade, cuja paixão pela enogastronomia e pelo nosso arquipélago era notória, a sua dedicação e conhecimento enriqueceram imensamente a nossa Confraria", lê-se.

Entretanto, a Câmara Municipal de Machico também já manifestou o seu pesar pela morte da autora, nas redes sociais, destacando a "personalidade ímpar e altruísta, cujo contributo para a Madeira e, em especial, para o nosso concelho será sempre lembrada".

Entre as várias vozes que lamentaram publicamente o falecimento de Zita Cardoso, destaca-se ainda o ministro cabo-verdiano Abraão Vicente.

À família de Zita Cardoso, o DIÁRIO endereça sentidas condolências.