“Opiniões divergentes são normais em todos os partidos”, responde Cafôfo
Líder dos socialistas madeirenses pede união e diz que “a mudança não se fará sem o Partido Socialista”
O presidente do Partido Socialista da Madeira, Paulo Cafôfo, que esta manhã falava na Rua Fernão Ornelas, numa acção política para dar nota das resoluções socialistas de Ano Novo, preferiu apontar baterias à divisão interna no PSD e à própria “divisão dos partidos da oposição” e foi parco em palavras na análise à situação interna do partido que lidera.
Hoje, como o DIÁRIO veicula na sua edição impressa, ficou-se a saber que Jaime Leandro pediu a desvinculação imediata do Partido Socialista. O ex-deputado, militante socialista há 36 anos, já enviou carta a Pedro Nuno Santos a lamentar o “pântano político” em que o partido está mergulhado.
“A divisão está é no PSD. Se repararmos bem é no PSD que há militantes que pedem congresso antecipado e pedem a saída de Miguel Albuquerque. Quando falamos das divisões é bom que olhemos para o PSD e não estejamos aqui a achar que o PS é que é o partido que tem divisões”, apontou Cafôfo, que, perante a insistência dos jornalistas, acrescentou que “as divisões e as opiniões divergentes são normais em todos os partidos”.
A conferência de imprensa serviu para traçar as metas e apelar à mobilização do partido para os desafios que aí vêm, nomeadamente para as previsíveis eleições regionais antecipadas, uma vontade que pretende transmitir a Marcelo Rebelo de Sousa na reunião agendada para o dia 7 de Janeiro, e para as ‘Autárquicas’.
O PS/Madeira, que no acto eleitoral de 26 de Maio não conseguiu chamar a si o voto do eleitorado insatisfeito, garantiu que vai continuar a trabalhar. “Vamos trabalhar para que efectivamente o nosso projecto mereça a confiança das pessoas. É um caminho lento, mas temos avançado. Desde 2019, o PSD tem estado a perder eleitores e votantes…”.
Sobre a mudança necessária à Região, Paulo Cafôfo voltou a abrir a porta a acordos, agora num cenário pós-eleitoral e sublinhou que “a mudança não se fará sem o Partido Socialista, e muito menos irá fazer-se contra o Partido Socialista”.