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Madeira

Assembleia recomenda plano contra ratos

As acções pontuais zona a zona não têm sido suficientes para resolver o problema

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Foi publicado na passada segunda-feira a Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira no sentido de criar um plano estratégico para o combate e controlo às pragas de ratos, um plano que deverá reunir o Governo e várias entidades num trabalho conjunto com vista à erradicação deste problema.

Segundo a ALM, neste momento a Região assiste a um crescimento descontrolado de ratos. “Espécies como a ratazana-preta (Rattus rattus), ratazana-castanha (Rattus norvegicus), murganho ou rato-doméstico (Mus musculus) apresentam, actualmente, índices populacionais extremamente elevados e crescimentos demográficos descontrolados, o que se reflecte em graves consequências ao nível da saúde pública, das condições sanitárias, da agricultura, bem como ao nível dos desequilíbrios ambientais que promovem”, lê-se no Jornal Oficial da RAM.

Na origem deste descontrolo da população de roedores está no entender do parlamento a “ausência de uma política consistente, integrada num plano de acção à escala regional, elaborado segundo a correcta adequação dos critérios técnico-científicos”. Segundo o documento, as intervenções avulso e zona a zona não têm respondido ao problema, pelo que recomenda a criação de um plano conjunto no sentido de reverter este fenómeno e controlar a praga de ratos.

“Tal plano é essencial para o ajuste às necessidades e realidades regionais e permitirá que se acautele de forma eficiente o sector agrícola e as suas graduais perdas económicas, o ecossistema e a sustentabilidade ambiental insular, garantindo, de forma concomitante, uma maior segurança ao nível da saúde pública e segurança da população”.

O Governo Regional deverá neste sentido apurar a densidade populacional destas espécies de ratos e elaborar durante a presente legislatura um plano de acção com planos específicos de combate. Deverá ainda assegurar a operacionalização, articulação e cooperação entre os diversos organismos nas áreas do ambiente, agricultura e saúde sob a sua tutela, bem como com todas as entidades com interesse na matéria. A ALM refere especificamente as autarquias locais e a Universidade da Madeira, por acreditar que são as que têm maior proximidade à resolução deste problema e permitem congregar os esforços necessários, garantindo, igualmente, os meios técnicos e o conhecimento científico indispensáveis a um plano desta natureza.

Esta recomendação foi aprovada na sessão plenária de 12 de Dezembro.

Em cerca de um ano e meio, entre Janeiro de 2023 e Agosto de 2024, a Câmara Municipal do Funchal aplicou quase 3,5 toneladas de raticida em caixas de visita de águas residuais, além das distribuições de raticida à população através das juntas de freguesia. Mas não tem sido suficiente. Em Setembro do ano passado o DIÁRIO dava conta na sua edição do problema crescente denunciado por comerciantes e lojistas. Além dos ratos, também as baratas são um grande problema em termos de pragas com necessidade de maior controlo.