Comissária-geral tem a expectativa de atingir 1,4 milhões de visitas ao pavilhão na Expo2025 Osaka
A comissária-geral de Portugal na Expo2025 Osaka afirmou hoje que o investimento global da operação "é de 21 milhões de euros" e que tem a expectativa de atingir ou superar os 1,4 milhões visitantes do pavilhão português.
Joana Gomes Cardoso falava aos jornalistas no final da apresentação da programação da participação de Portugal na exposição mundial que vai decorrer em Osaka, Japão, entre 13 de abril e 13 de outubro.
"Há metas para aquilo que pretendemos ter no Japão. Por exemplo, nós temos a expectativa de ter ou de superar 1,4 milhões visitantes no nosso pavilhão", afirmou a responsável.
Além disso, "temos também indicadores já identificados sobre as relações entre as nossas exportações, o número de estudantes japoneses que estudam em Portugal é baixíssimo. Portanto, a nossa expectativa é que depois da Expo todos esses números aumentem", prosseguiu.
O pavilhão português vai ter "uma exposição permanente sobre o mar", com a "tónica no futuro", mas vai ter outras iniciativas em outros espaços do mesmo.
Em 184 dias de exposição mundial, "diria que 160 já estão neste momento preenchidos" com 'workshops', concertos, música, debates, conferências, entre outros.
Trata-se de uma "programação bastante intensa", disse Joana Gomes Cardoso, referindo que também se pretende apostar na gastronomia do mar, recordando uma iguaria portuguesa - peixinhos da horta - que estão ligados à tempura.
O investimento global de toda a operação, acrescentou, "é de 21 milhões de euros".
O pavilhão, da autoria do arquiteto Kengo Kuma, está ainda em construção e espera-se que no final de março esteja concluído.
Este pavilhão é feito com cabos marítimos: "São mais de 9.000 cabos marítimos, redes de pescas, todos reciclados", afirmou Joana Gomes Cardoso.
Na apresentação, Joana Gomes Cardoso disse que o país que Portugal vai apresentar na Expo2025 "não é o país do século XVI", que os japoneses já conhecem bem, e também "não é a pequena nação simpática da ponta da Europa".
"É sim o país com uma geografia marítima avassaladora, responsável por quase metade das águas marinhas da União Europeia e com uma das maiores zonas económicas exclusivas do mundo", destacou, um país "com futuro".
Ou seja, "o país que se houvesse um G20 do mar estaria seguramente nesse grupo", rematou.
A ligação ao mar permitiu encontrar "projetos e entidades" para estabelecer parcerias com Osaka, no âmbito do tema "Oceano: Diálogo Azul".
"Estamos na iminência de uma revolução azul, nomeadamente na área da biotecnologia, com enorme potencial de impacto na indústria têxtil, farmacêutica, cosmética, construção civil, revestimentos. Aquilo que já é e vai ser possível fazer a partir de algas, biotas, bivalves (...) é um imenso capital que Portugal tem sua economia azul e que vamos tentar demonstrar e mostrar" em Osaka, além de todas as outras áreas.
E e também um "oportunidade para reforçar" as relações entre Portugal e o Japão.
Portugal é um dos 161 países presentes na Expo dedicada ao tema "Desenhar as Sociedades do Futuro para as Nossas Vidas". A participação portuguesa na exposição tem como tema "Oceano: Diálogo Azul" e conta com o envolvimento de mais de 150 empresas, associações, autarquias e artistas nacionais.