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Madeira

JPP afirma que fim do bilhete pré-comprado 'esconde' “aumento brutal"

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O JPP classifica o fim do bilhete de bordo pré-comprado na Horários do Funchal como "um aumento brutal camuflado". A empresa de transportes públicos passou a disponibilizar apenas a compra de bilhete de bordo. Luís Martins lembra que antes era possível adquirir um bilhete pré-comprado por 1,25 euros, mas que agora a possibilidade única do bilhete de bordo é pelo valor de 1,95 euros.

O partido indica que, em bom rigor e devido à falta de alternativa, representa um “aumento brutal” de 0,70 euros, “uma artimanha camuflada que ataca o bolso dos utentes da Horários do Funchal”, acusa. O deputado do JPP, que participou numa acção política esta manhã, na Avenida do Mar, junto ao quiosque de vendas da HF, disse querer alertar para algumas questões relativas aos bilhetes de transporte público adquiridos a bordo, nos Horários do Funchal, os quais registam um aumento significativo.

De acordo com o JPP, também em algumas zonas rurais, onde os bilhetes custavam, por exemplo 1,30 euros, os mesmos subiram para 1,95 euros, valor que passou a ser de referência para o bilhete municipal. O bilhete intermunicipal passou a ter um custo de 2,60 euros, no entanto deputado referiu que, em certas localidades, os autocarros vêm já com a lotação esgotada, deixando apeados alguns utentes de transporte público.

Além disso, o partido aponta que deixaram de estar disponíveis os títulos de transporte para 1, 3, 5, e 7 dias para o serviço urbano sem limite de viagens. Este era um produto mais direccionado para emigrantes, turistas e também alguns madeirenses, pelo que "torna o preço do transporte menos acessível e menos atrativo, e consequentemente poderá levar a que muitos turistas optem por veículos de aluguer, congestionando ainda mais as nossas estradas, nomeadamente a via rápida entre o nó do Caniço de Baixo e Santa Rita, que, em horas de ponta, são um autêntico teste à paciência, provocando perdas de tempo, atrasos no trabalho e, não poucas vezes, acidentes, com danos materiais e humanos, com feridos graves e infelizmente algumas mortes".

Não basta aplicar o dinheiro do PRR e anunciar a transição digital e a redução carbónica. É necessário pensar as pessoas e em todas as variáveis da questão dos transportes, desde as infraestruturas rodoviárias aos trajectos e horários do transporte público, sem descurar os aumentos referidos. Luís Martins

Na visão do JPP, os transportes públicos devem ser atractivos. Neste caso, tendo em conta a falta de alternativas, o bilhete de bordo a 1,95 euros é considerado "caro e pouco atractivo”. Além disso, o partido considera necessário "adaptar as carreiras ao número de utentes e a horários que sirvam os interesses das populações e de quem trabalha". Luís Martins reconhece que as recentes alterações carecem de afinação e monitorização, afirma, contudo, que é dever do JPP ser porta-voz das queixas que os passageiros fazem chegar aos seus dirigentes. “Queremos fazer este alerta, de modo a que estas situações, menos positivas, possam ser corrigidas e possamos, através de uma rede de transportes verdadeiramente integrada, que interligue toda a Região Autónoma da Madeira de forma eficiente e acessível, contribuir para o bem-estar e redução do custo de vida dos madeirenses, mas também para a preservação ambiental através da redução das emissões de carbono", termina.