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Madeira

Economia regional volta a crescer pelo terceiro mês consecutivo

IRAE acelerou em Outubro de 2024

Foto Shutterstock
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O Indicador Regional de Atividade Económica (IRAE), divulgado hoje pela DREM, "mostra que, em Outubro de 2024, a economia regional continuou a crescer, acelerando pelo terceiro mês consecutivo".

O objectivo da divulgação do IRAE, iniciado pela Direção Regional de Estatística da Madeira há precisamente 7 anos, passa por "sinalizar o comportamento da atividade económica, nomeadamente no que se refere à sua direção e magnitude das flutuações: se esta se encontra em terreno positivo ou negativo, as acelerações, desacelerações e a identificação de pontos de viragem", salienta habitualmente. O" seu valor quantitativo, assume por isso uma importância secundária, não se apresentando o mesmo como um substituto da variação real do Produto Interno Bruto, a ser apurada com um conjunto mais variado e completo de informação estatística, muito embora haja uma forte correlação entre as duas variáveis", esclarece.

Assim, a 'Síntese Económica de Conjuntura', que faz uma análise concisa da situação económica da RAM no referido mês de Outubro, está distribuída por 7 tópicos com os "principais indicadores de curto prazo, divididos em temas, chamando-se à atenção que muitas das variações mencionadas estão em médias móveis de três meses, uma técnica comum nos boletins de conjuntura, para suavizar as irregularidades e mostrar a tendência".

Atividade Económica

  • Como mencionado anteriormente, a atividade económica regional manteve, em outubro de 2024, a trajetória positiva de crescimento, com um ritmo superior ao registado no mês anterior. O desempenho do setor do turismo contribuiu para este crescimento, visto que as dormidas (excluindo o alojamento local com menos de 10 camas) aumentaram 1,1% (0,7% em setembro anterior). De notar ainda que os proveitos totais no alojamento turístico observaram um incremento de 14,1%, superando os 13,6% alcançados no mês anterior.
  • A emissão de energia elétrica, um indicador frequentemente associado à evolução da atividade económica, cresceu 0,5% em outubro de 2024, após um aumento de 1,6% no mês anterior.
  • Relativamente à introdução no consumo de gasóleo, verificou-se um crescimento de 0,5%, invertendo a queda de 0,2% registada em setembro de 2024.
  • Analisando a relação entre as sociedades constituídas e dissolvidas, constatou-se que, em outubro de 2024, foram criadas 3,1 novas sociedades por cada sociedade dissolvida na Região, proporção ligeiramente inferior à registada no mês anterior (3,2).

Indicadores Qualitativos

  • Os indicadores de confiança disponíveis para outubro de 2024, em comparação com o mês anterior, evidenciam um ligeiro aumento no setor da indústria transformadora, enquanto se verificaram diminuições nos setores da construção e obras públicas, do comércio e dos serviços.

Consumo Privado

  • Um dos indicadores que reflete a evolução do consumo privado é o volume de operações na rede SIBS com cartões emitidos por bancos nacionais. Analisando o total de levantamentos em caixas multibanco e as compras realizadas com cartões nacionais em terminais de pagamento automático, registou-se um crescimento de 7,6% em outubro de 2024, superior aos 5,9% observados no mês anterior.
  • O consumo de gasolina abrandou ligeiramente, com um aumento de 9,2% em outubro de 2024, face aos 9,6% registados em setembro do mesmo ano. Por outro lado, as aquisições de automóveis novos ligeiros de passageiros por residentes registaram uma queda de 7,5%, contrastando com o crescimento de 4,7% verificado no mês anterior. Adicionalmente, o saldo dos empréstimos ao consumo concedidos a famílias e instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias desceu muito ligeiramente para 6,2%, em outubro de 2024, face aos 6,3% verificados no mês anterior.

Investimento

  • No que respeita ao investimento, os indicadores de outubro de 2024 dividem-se em dois grupos. Entre os que apresentam sinal positivo, destacam-se as vendas de automóveis novos ligeiros de mercadorias, com um crescimento de 27,3% (face aos 23,2% registados no mês anterior), a avaliação bancária de habitação, que aumentou 14,1% (13,8% do mês anterior), o saldo dos empréstimos concedidos às famílias para habitação, que subiu 2,1% (1,8% em setembro precedente) e a comercialização de cimento, cujo incremento foi de 15,2%, após o aumento de 5,1% observado em setembro de 2024. Por outro lado, alguns indicadores registaram quedas, como o saldo dos empréstimos concedidos a sociedades não financeiras, que diminuiu 5,3% (após um recuo de 6,5% em setembro de 2024) e o licenciamento de edifícios, que sofreu uma redução de 8,1% (-16,5% no mês anterior).

Procura Externa

  • Embora o comércio com o estrangeiro represente apenas uma pequena parcela do comércio global realizado pela Região (a maior parte do qual é com o Continente), é importante assinalar que tanto as exportações (20,3%; 32,8% em setembro anterior) como as importações de bens cresceram em outubro de 2024 ( 8,7%; 5,8% no mês anterior). O movimento de mercadorias nos portos, que é um indicador mais abrangente da dinâmica do comércio externo, registou um aumento de 6,9%, abaixo dos 10,2% observados em setembro último. Observa-se ainda que a aceleração no movimento de passageiros nos aeroportos (3,3%, ligeiramente abaixo dos 3,4% do mês anterior) está alinhada com a evolução dos levantamentos em caixas multibanco e das compras realizadas em terminais de pagamento automático com cartões internacionais, que cresceram 16,1% (17,3% no mês precedente).

Mercado de Trabalho

  • Os dados fornecidos pelos organismos responsáveis pela área do Emprego no País e na Região revelam que, em outubro de 2024, registaram-se aumentos nas ofertas de emprego (11,9%), no número de desempregados inscritos ao longo do mês (7,3%) e nos pedidos de emprego (7,5%).

Preços

  • Em outubro de 2024, a taxa de inflação homóloga, que se fixou em 3,2%, desacelerou face ao mês anterior (3,8%), sendo menor nos Bens (2,0%) e maior nos Serviços (4,8%). A inflação subjacente (que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos) foi de 3,3%, abaixo dos 4,5% observados em setembro precedente.