DNOTICIAS.PT
Madeira

“Demolias alguma coisa em Câmara de Lobos?”

None
Foto Rui A. Silva/ Aspress

“Demolias muita coisa em Câmara de Lobos”, questionou Ricardo Miguel Oliveira, moderador da conferência Pensar o Futuro, uma iniciativa organizada pelo DIÁRIO em parceria com o município de Câmara de Lobos directamente para André Barreto, convidado no painel. O economista e gestor da Quintinha de São João não pestanejou: “Demolia. Demolia muita coisa”. Uma das infra-estruturas que iria abaixo seria o hotel do Hotel Pestana, edificado no centro da cidade. Mas apontou outras igualmente duvidosas.

André Barreto defendeu que a cidade de Câmara de Lobos seja um centro comercial aberto: Faz sentido os quartel dos bombeiros estar onde está ou Câmara Municipal estar onde está? Se calhar vale mais a pena a criação de um mercado de peixe. “Olho para a cidade e tenho pena de ver como está. Tenho pena", reforçou.

Já o arquitecto Pedro Gonçalves daria uma outra utilidade o prédio nas Salinas, mandado construir pelas Sociedades de Desenvolvimento justamente por estar ao abandono: “Se não serve para nada e se ali está na condição que está, então o melhor é que se dê outro uso”, atirou. O arquitecto lembrou que o projecto chegou a receber prémios por ter uma arquitectura vanguardista e não percebe porque razão está no estado em que está, recriminou.

Da plateia veio a opinião de Amilcar Figueira, ex-vereador eleito pelo CDS, que apontou as dores de crescimento estão a chegar a Câmara de Lobos. Morador do Covão alertou para os problemas na mobilidade, criticando uma única faixa de rodagem que algumas estradas oferecem, expondo os problemas na mobilidade do tráfego. O que é a Câmara tem preparado, questionou. Outro tema que defendeu a criação de roteiros turísticos para que os turistas fiquem mais tempo no concelho.

O trânsito na cidade voltou a ser tema de debate e o presidente da Câmara perspectiva que o tráfego irá aumentar, embora dissesse que está a ser trabalhado um regulamento para limitar o horário de cargas e descargas: “Vai ser uma luta”, reconheceu.

Ana Neves apontou o saneamento básico como um dos problemas do século e outro tema que depois do ambiente considerou ser “mal-amado” e criticou os incentivos das taxas de natalidade justamente pelo facto de ser a solução. Concluiu apontando que “a agricultura é uma profissão de futuro”.