Visita política ao Serviço de Urgência revela "postura insensível e quase necrófaga"
SESARAM comenta, assim, a recusa de acesso ao Serviço de Urgência do Hospital Dr. Nélio Mendonça aos deputados do PS-Madeira
Conforme noticiou hoje o nosso matutino, o grupo parlamentar do PS-Madeira viu recusado um pedido de visita à urgência do Hospital Dr. Nélio Mendonça. O Serviço de Saúde da Região (SESARAM) sustenta a decisão invocando o "respeito pela privacidade" dos doentes e profissionais de saúde.
"Todas as visitas realizadas a unidades de saúde devem obedecer a regras de respeito de privacidade dos utentes e respetivos profissionais de saúde (...). Restrições de acesso, que neste momento se aplicam a familiares e visitantes, não são arbitrárias, mas sim necessárias para proteger a dignidade, segurança e privacidade dos utentes", pode ler-se na nota remetida à imprensa.
Conforme noticia hoje o DIÁRIO, Paulo Cafôfo, presidente do grupo parlamentar e do partido, acusou o SESARAM de "tentar, em vão, esconder a má gestão do sector" e, em particular, "o caos que por estes dias se vive nas urgências do hospital", censurando a posição do organismo que gere o hospital Dr. Nélio Mendonça que "denota um claro abuso de autoridade" em violação dos direitos dos deputados que pretendiam reunir com a direcção do SESARAM e visitar aquele serviço hospitalar "dentro dos limites do respeito pelos utentes e pelos profissionais de saúde, sem causar qualquer estorvo à prestação dos respectivos cuidados de saúde".
Em resposta, o SESARAM reforça que "oferecer excepções aos partidos políticos seria um acto irreflectido e de profundo desrespeito tanto para os doentes como para as suas famílias".
Por outro lado, a autoridade de saúde diz-se "indignada" com a "postura insensível e quase necrófaga" do partido da oposição.
A tentativa de impor uma visita política ao SU revela uma postura insensível e quase necrófaga, explorando o sofrimento alheio para ganhos mediáticos SESARAM
Na mesma nota, o SESARAM argumenta ainda que "é inadmissível que o sofrimento dos utentes e as dificuldades que decorrem de um contexto excecional, sejam transformados em ferramentas de manipulação para ganhos políticos".
Mais grave ainda, é o uso de discursos que, sob a máscara de preocupação com a saúde, na realidade servem para distorcer e desrespeitar o trabalho árduo e incansável dos profissionais de saúde. SESARAM