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Madeira

Manuel António Correia: "Temos um problema político e não judicial"

Ex-governante responde a artigo de opinião de Miguel de Sousa que lembra, hoje, de ter mantido imunidade enquanto foi governante

Foto Arquivo/Aspress
Foto Arquivo/Aspress

Numa curta nota publicada na sua página pessoal no Facebook, Manuel António Correia defende-se da acusação de defender que Miguel Albuquerque não tem condições para continuar a liderar o PSD e a governar, por ser arguido, lembrando que não são esses argumentos para pedir o afastamento do colega de partido.

O candidato a presidente do PSD-Madeira, que procura forçar eleições internas para derrubar Miguel Albuquerque e ser o candidato do partido às eleições legislativas antecipadas, defendeu-se das acusações de Miguel de Sousa, histórico líder social-democrata, que escreveu um artigo de opinião, hoje no DIÁRIO, onde lembra que Manuel António Correia foi também arguido e quis manter a imunidade enquanto foi governante.

"As minhas críticas ao Dr. Albuquerque não são pela sua situação de arguido, mas políticas e em função da sua incapacidade de gerar solução política estável na Região", começa por frisar Manuel António Correia. "Em diversos momentos, tenho afirmado que vigora o princípio da presunção de inocência e que espero que as pessoas em causa possam mostrar a sua, como eu demonstrei. Temos um problema político e não judicial", afiançou num primeiro ponto.

No segundo ponto, lembra que "aquando da comunicação da existência do processo, transmiti ao então Presidente do Governo a minha disponibilidade para sair do governo, se este assim o entendesse, pondo o meu lugar à disposição, o que foi recusado", frisa, atirando a responsabilidade da decisão referida por Miguel de Sousa para Alberto João Jardim.

E no último ponto, reforça que "a sentença final do processo diz expressamente que o secretário teve como única motivação para os seus atos a defesa do interesse público, nomeadamente a defesa das quotas de pesca para a Região", conclui.

No artigo, publicado na página 27 desta quarta-feira, com o título "Eu acuso Manuel António", salienta que este "preparava-se para ser um presidente-arguido, se tivesse vencido as eleições no PSD (em 2014, para sucessão de Jardim)". E ainda insta: "Que mostre o seu projecto, pois nunca  foi visto, lido ou ouvido. Nunca teve."

O artigo pode ser considerado bastante duro, ao ponto de levar à reacção imediata de Manuel António Correia nesta manhã de quarta-feira.