Ataque israelita faz seis mortos na Cisjordânia
A Autoridade Palestiniana anunciou a morte de seis pessoas num bombardeamento israelita que atingiu hoje à noite o campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, com o Exército israelita a indicar um ataque aéreo nesta zona.
"Cinco mártires e vários feridos após um bombardeamento da ocupação [israelita] no campo de Jenin", destacou o Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana, num breve comunicado.
Já as forças israelitas frisaram, em comunicado divulgado hoje à noite, que "uma aeronave da Força Aérea realizou recentemente um ataque na região de Jenin", sem adiantar mais pormenores.
Um bastião de grupos armados palestinianos envolvidos na luta armada contra Israel, Jenin é regularmente alvo de operações militares israelitas que têm como alvo membros ou líderes destes grupos.
O ataque aéreo israelita ao campo de Jenin ocorre no momento em que o Qatar garantiu hoje que um acordo de cessar-fogo em Gaza poderia ser alcançado "muito em breve", com negociações a serem realizadas sob a sua mediação "nas fases finais", após 15 meses de guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, que fez dezenas de milhares de mortos.
A violência na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967, explodiu desde o início desta guerra, que foi desencadeada em 07 de outubro de 2023 por um ataque sem precedentes do movimento islamista ao sul de Israel, que provocou cerca de 1.200 mortos e outras 250 foram levadas como reféns, das quais apenas uma parte estarão vivos.
Desde então, pelo menos 831 palestinianos foram mortos na Cisjordânia pelo Exército israelita ou por colonos, segundo o Ministério da Saúde palestiniano.
Ao mesmo tempo, pelo menos 28 israelitas, incluindo soldados, morreram em ataques palestinianos ou em operações militares, segundo as autoridades israelitas.
A ofensiva em grande escala de Israel na Faixa de Gaza provocou por seu lado acima de 46 mil mortos, na maioria civis, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, e deixou o enclave destruído e mergulhado numa grave crise humanitária.