PS diz que "Governo sem cura dá cabo da saúde dos madeirenses"
O PS critica a gestão do sector da Saúde na Madeira, por parte do Governo Regional, e aponta que vem acumulando "casos atrás de casos, ameaçando cada vez mais a prestação de cuidados a quem deles necessita".
Paulo Cafôfo referia-se aos atrasos nas análises clínicas no serviço público de saúde, devido à falta de reagentes e avarias em alguns equipamentos, uma situação que é hoje manchete na edição impressa do DIÁRIO.
Análises hospitalares atrasam por avarias e falta de reagentes
Os problemas no laboratório do SESARAM geram atrasos nos exames clínicos, afectando principalmente as áreas da microbiologia e serologia. Utentes relatam esperas de semanas por resultados que antes eram obtidos em poucos dias. É esta a notícia que faz manchete na edição impressa do DIÁRIO de Notícias da Madeira desta terça-feira, 14 de Janeiro. Saiba ainda que a Secretaria da Saúde adquiriu 6.200 canecas personalizadas.
“Não há uma só semana em que não sejam tornados públicos novos constrangimentos na área da saúde, com graves consequências para os utentes”, aponta Paulo Cafôfo, indicando que o Governo Regional não assume culpas pela "sua gestão desastrosa do sector".
O líder dos socialistas madeirenses enumera uma série de repetidos exemplos que têm vindo a verificar-se, entre os quais a sistemática falta de medicamentos na farmácia do hospital, devido à falta de pagamentos por parte do Governo Regional, cujo secretário regional da Saúde ainda tem o desplante de ameaçar que irá continuar a acontecer este ano, devido à não aprovação do orçamento regional. Isto, quando, em 2024, com um orçamento aprovado, não cumpriu com os seus compromissos e falhou com os pagamentos, deixando inclusivamente doentes com cancro sem medicação. A isto, junta-se o caos que por estes dias se vive nas urgências, o calote às casas de saúde mental para o internamento de doentes, que atingiu os 3,5 milhões de euros, ou a dívida aos taxistas pelo transporte de doentes, que ultrapassa os dois milhões de euros. “Tudo isto aconteceu com um orçamento aprovado, o que só vem demonstrar que este Governo do PSD age de má-fé, em benefício próprio e tem as prioridades invertidas, deixando os madeirenses entregues à sua sorte”, sublinha Paulo Cafôfo.
O presidente do PS-Madeira critica também o facto de terem sido investidos 40 mil euros em 6.200 canecas personalizadas para celebrar o Dia Mundial da Saúde. Para Cafôfo, "é caso para dizer que o secretário regional da Saúde não só tem uma grande lata, como tem canecas de sobra, enquanto os madeirenses ficam privados de um direito básico e fundamental como é o acesso à saúde”.
Além disso, aponta outros casos que, no seu entender, são exemplo da má gestão, como as viagens que o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, tem vindo a efectuar, a última das quais aos Estados Unidos, no valor de 8 mil euros, tendo por objectivo "busca de soluções tecnológicas na área da saúde para o futuro Hospital Central e Universitário da Madeira. Isto depois de um ataque informático ao Serviço de Saúde que continua sem uma explicação cabal, que colocou em causa a prestação de cuidados, o adiamento de consultas, cirurgias e exames e expôs os dados dos utentes". “Quem sabe até se não foi com o recurso a esses dados que Pedro Ramos aproveitou para fazer telefonemas aos militantes do PSD, pedindo o voto em Miguel Albuquerque a troco de uma cunha para o acesso aos serviços de saúde?”, questiona Paulo Cafôfo.
Paulo Cafôfo diz que estamos perante “um Governo que já não tem cura” e que cada vez mais dá mostras de só querer salvaguardar os seus interesses e os do PSD. “Enquanto isso, de forma insensível e, nalguns casos premeditada, vai dando cabo da saúde dos madeirenses”, remata.