Director nacional da PSP defende actuação da polícia no Martim Moniz
O diretor nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) defendeu hoje a atuação da polícia na Rua do Benformoso, no Martim Moniz, em 19 de dezembro do ano passado.
Em declarações aos jornalistas, no final da cerimónia de abertura do ano judicial, Luís Carrilho garantiu que as práticas da PSP "são as melhores ao nível mundial e ao nível europeu".
"A polícia respeita a constituição e a lei. E tudo faz para que as pessoas vivam em liberdade e em segurança", acrescentou.
"Num Estado de direito democrático, ninguém está acima da lei e nós, PSP, somos em democracia a instituição mais fiscalizada em Portugal, mas também a instituição que tem a responsabilidade da maioria da população", disse Luís Carrilho.
A operação feita em dezembro de 2024 resultou em inúmeras críticas à atuação da PSP naquela rua, onde dezenas de imigrantes foram obrigados a ficar encostados à parede com as mãos no ar durante mais de uma hora.
Já este domingo, um dia depois de uma manifestação contra a atuação da PSP no dia 19 de dezembro, foi registada também na Rua do Benformoso uma rixa entre várias pessoas, que resultou em sete feridos.
Sobre este episódio de violência, o diretor nacional da PSP referiu apenas que "as pessoas, quando têm necessidade, como foi ontem o caso, dirigem-se à polícia para pedir ajuda".
De acordo com a informação avançada durante a manhã de hoje pelo subintendente Iuri Rodrigues, comandante da 1.ª divisão da PSP de Lisboa, a PSP está a investigar as causas da desordem.
De acordo com o subintendente, "houve alguma violência", registando-se "dentes partidos, agressões com arma branca numa perna e na barriga, cortes na cabeça", causados por uma faca, mas também "objetos metálicos".
A polícia reforçou a presença na zona do Martim Moniz, algo que o comandante disse que já estava previsto, tal como em outras áreas da cidade, como o Mercado de Arroios e o Bairro Alto.
"Há um policiamento de proximidade na Rua do Benformoso e na Mouraria e estaremos aqui todos os dias", referiu.