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Ex-presidente da Colômbia pede intervenção internacional para afastar Maduro do poder

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O ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe (2002-2010) pediu hoje uma intervenção internacional, apoiada pelas Nações Unidas, para afastar o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, do poder.

O pedido ocorreu um dia depois de Nicolás Maduro tomar posse para um novo mandato de seis anos, apesar de a oposição contestar os resultados das últimas eleições presidenciais na Venezuela.

"Pedimos uma intervenção internacional, de preferência apoiada pelas Nações Unidas, para remover estes tiranos do poder e convocar imediatamente eleições livres", disse Álvaro Uribe num evento político em Cúcuta, nas proximidades da fronteira colombo-venezuelana, citado pela agência EFE.

Acompanhado por pré-candidatos presidenciais do seu partido, o Centro Democrático de direita, e com uma bandeira da Venezuela nas mãos, Álvaro Uribe participou numa "concentração pela liberdade" da Colômbia e da Venezuela e manifestou apoio aos líderes opositores venezuelanos, Maria Corina Machado e Edmundo González Urrutia, que disse serem "campeões universais da democracia".

Durante a sua intervenção, o ex-presidente da Colômbia apelou ainda às Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela (FANB) para que "cumpram as suas funções de acordo com a Constituição" venezuelana e "ajudem a desalojar a ditadura".

A Colômbia e a Venezuela partilham uma fronteira de 2.219 quilómetros.

Segundo a imprensa local, nos últimos anos, a Colômbia acolheu perto de dois milhões de venezuelanos que abandonaram o país para escapar da crise política, económica e social que afeta a Venezuela.

Ainda segunda imprensa colombiana, o atual primeiro mandatário da Colômbia, Gustavo Petro, ainda não reconheceu Nicolás Maduro como Presidente reeleito da Venezuela.

O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, tomou posse na sexta-feira para um terceiro mandato, apesar de a oposição reivindicar vitória nas eleições presidenciais de julho e após protestos no país e no estrangeiro contra a repressão exercida pelo seu governo.

Maduro prestou juramento de posse perante a Assembleia Nacional (parlamento) controlada pelo partido no poder, um dia depois de a principal líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, ter anunciado que foi detida pelas forças de segurança do Estado, o que o governo negou.

A Plataforma Unitária Democrática (PUD), que reúne os principais partidos opositores venezuelanos, acusou Nicolás Maduro de consumar um "golpe de Estado" ao ter prestado juramento como Presidente da Venezuela para os próximos seis anos.