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Forças Armadas condenam sanções e recompensa dos EUA contra Maduro

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As Forças Armadas da Venezuela (FANB) condenaram hoje as sanções internacionais impostas na sexta-feira pelos Estados Unidos da América (EUA) e pela União Europeia contra 11 funcionários do Governo venezuelano.

Em comunicado, divulgado em Caracas, as FANB condenaram ainda as recompensas anunciadas pelos EUA contra o Presidente Nicolás Maduro, o ministro do Interior e Justiça, Diosdado Cabello, e o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López.

"As FANB expressam a sua mais enérgica e categórica rejeição às novas sanções impostas pela infausta confraria imperial, hoje representada pelo Gabinete de Controlo de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos da América, juntamente com a União Europeia e o Reino Unido", lê-se no comunicado.

Na sexta-feira, os Estados Unidos aumentaram de 15 para 25 milhões de dólares (cerca de 24,4 milhões de euros) a recompensa por informações que levem à captura de Nicolás Maduro, por crimes relacionados com tráfico de droga.

Além da recompensa por Maduro, os EUA oferecem 25 milhões de dólares por informações que levem à captura do ministro do Interior, Diosdado Cabello, e outros 15 milhões (cerca de 14,65 milhões de euros) pela prisão do ministro da Defesa, Vladimir Padrino.

"Esta ação desesperada, à margem de qualquer regra de direito internacional, foi consumada no próprio dia [10 de janeiro de 2025] em que Nicolás Maduro Moros, Presidente Constitucional da República Bolivariana da Venezuela, reeleito para o período 2025-2031, tomou juramento e legítima posse para o seu novo mandato", frisaram as FANB no comunicado.

As Forças Armadas destacaram ainda que o governo bolivariano tem levado a cabo "com coragem e determinação, como nunca antes na história recente do país, uma luta frontal contra o flagelo do narcotráfico, o terrorismo, os grupos mercenários, os grupos estruturados que geram violência, a mineração ilegal e outras formas de criminalidade transnacional".

"Não seremos uma plataforma para a dominação. Somos território de paz", sublinham.

Defendendo o trabalho feito ao longo do tempo pelo presidente, Nicolas Maduro, e pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino, as FANB sublinharam que "uma recompensa espúria não abalará a força física e espiritual de ambos líderes".

As Forças Armadas relacionam ainda as sanções e as recompensas com os "planos neofascistas e golpistas que a extrema-direita venezuelana tem vindo a executar para perturbar a paz e a estabilidade do país".

Por outro lado, reafirmam não ser colonialistas, oligárquicas ou imperialistas e reiteram "o apoio inabalável à Revolução Bolivariana".