DNOTICIAS.PT
País

Ventura diz que manifestação da esquerda "é ilegítima" e que Governo "cedeu à pressão"

None
FOTO RUI MINDERICO/LUSA

O presidente do Chega classificou hoje como ilegítima a manifestação antirracismo em que estão presentes os partidos de esquerda por ser "contra polícias e magistrados", e acusou o Governo de ter "cedido à pressão".

André Ventura falava à chegada à concentração promovida pelo Chega na Praça da Figueira, em Lisboa, denominada "Pela autoridade e contra a impunidade" -- que juntou algumas centenas de pessoas - e convocada depois do anúncio de uma manifestação hoje à tarde contra o racismo e a xenofobia após a operação policial de 19 de dezembro no Martim Moniz.

"Eu não quero provocar ninguém, mas tenho a certeza disto: há muitas manifestações, num sentido e noutro, talvez esta manifestação de hoje seja a mais ilegítima que alguma vez existiu aqui ao lado no Martim Moniz, porque é verdadeiramente contra a polícia, verdadeiramente pelos bandidos", disse.

Ventura acrescentou que, além de ser contra a polícia, a manifestação é também contra os juízes "que ordenaram a ação que decorreu no Martim Moniz", salientando que não foi apenas a polícia que levou a cabo aquela ação.

O líder do Chega estendeu as críticas ao Governo e ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, por algumas semanas depois da operação policial, ter afirmado não ter gostado de ver a imagem de imigrantes encostados à parede.

"Devia ter tido a coragem - e até podia ter estado aqui - devia ter tido a coragem de dizer: quando se começa ao lado das forças de segurança, vai-se até ao fim. Porque o que os portugueses precisam hoje é de políticos que vão até ao fim, que não tenham medo, que não cedam à pressão", considerou, acusando as restantes forças políticas de terem cedido a essa pressão.