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Madeira

Francisco Gomes lança duras críticas ao Governo Regional

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Foi na sessão plenária do parlamento nacional dedicada à Lei Eleitoral da Madeira que Francisco Gomes teve um discurso bastante crítico em relação ao Governo Regional. O deputado eleito pelo CH-Madeira acusou o executivo de "corrupção, compadrio e alienamento face ao que descreveu como a pobreza e a decadência das condições de vida que são hoje enfrentadas por muitos madeirenses".

Para o CH, a proposta do PSD representa uma “jogada de secretaria” contra os princípios democráticos, pois, na óptica do partido, conferia ao PSD-Madeira a possibilidade de uma maioria parlamentar sem o apoio popular correspondente e excluía da representatividade milhares de madeirenses residentes no continente, muitos deles jovens estudantes

“Não somos cegos, nem surdos, nem tolos e sabemos que não era esta a proposta que o PSD-Madeira queria que esta casa votasse, mas sim uma proposta vergonhosa, baixa, fraudulenta e inconstitucional, que tentava ganhar na secretaria a maioria parlamentar que os cidadãos madeirenses já não lhe dão e não lhe voltarão a dar", diz Francisco Gomes.

O deputado descreveu o executivo como um regime “decadente, que virou as costas à população" e "roubou aquilo que não era seu". O nível de pobreza na Região é considerado alarmante, com quase 30% da população a viver em condições precárias, "enquanto figuras proeminentes do executivo acumulam riqueza de forma inexplicável".

Estamos a falar de uma terra onde a pobreza alastra, mas onde vivem seis dos políticos mais ricos de Portugal. Estamos a falar de um governo que não utiliza o diferencial fiscal porque diz que custa 190 milhões de euros, mas dá 190 milhões em borlas fiscais aos amigos. Estamos a falar de um governo decadente, podre, em fim de ciclo e que vive apenas para enriquecer o líder e os apaniguados do sistema. Francisco Gomes

Além disso, acusou o PSD-Madeira de fomentar uma cultura de compadrio e sublinhou o envolvimento de vários governantes em processos de corrupção e favorecimento.“O presidente do governo, quatro secretários, o secretário-geral do partido, o presidente da Associação de Municípios e uns tantos apaniguados do regime são todos arguidos por corrupção. Aliás, estamos perante um governo que tresanda arrogância, transpira amiguismo, respira corrupção e vive da miséria do povo que traiu", disse.

O CH vai aprovar a proposta eleitoral apresentada pela Assembleia Legislativa da Madeira, mas irá lutar de forma empenhada contra qualquer tentativa de manipulação das regras eleitorais ou de perpetuação de governos que, segundo o deputado, já perderam a legitimidade perante o povo.

Faremos combate cerrado e incessante a um regime que controla, mente, vigariza e manipula os madeirenses. Estaremos sempre ao lado dos madeirenses anónimos, que trabalham de sol a sol para suportar as suas famílias com honestidade, mas que são ignorados pelos governantes e tratados como lacaios de quem se julga dono de tudo. Francisco Gomes

“Vamos andar o que for preciso andar, correr o que for preciso correr, construir o que for preciso construir e rasgar o que for preciso rasgar. Doa a quem doer, choque a quem chocar e custe o que custar, vamos limpar a Madeira e só paramos na IV República!", terminou.