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Madeira

Ponta do Sol quer terrenos abandonados convertidos em pomares

Câmara vai adquirir árvores para oferecer aos proprietários

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Foto Miguel Espada/Aspress 

“Uma palavra de agradecimento a todos os que estiveram na frente de combate ao fogo que ocorreu na Ponta do Sol” foi desta forma que Célia Pessegueiro, presidente da Câmara Municipal, começou a intervenção na Sessão Solene comemorativa do 523º aniversário do Dia do Concelho

“Em primeiro lugar para os nossos bombeiros da Ribeira Brava e Ponta do Sol, que estão sempre ao serviço deste concelho e nunca, em momento algum, nos faltam nas situações de aflição”, vincou. Agradecimento extensível a todas as forças e entidades que directa e indirectamente estiveram envolvidas no combate, com referência particular quer para o serviço de águas da Autarquia e seus canalizadores “que garantiram que não faltasse água nas bocas-de-incêndio e em simultâneo estiveram no terreno a resolver problemas que a falta de água provocou, como a desregulação da pressão na rede que punha toda a estrutura em risco”, assim como, para “a equipa dos Canadair que com coragem e perícia arriscaram aproximações e descargas de água que alguns diziam ser impossíveis de realizar”.

Feitos os agradecimentos, para a autarca socialista “agora é tempo erguer os braços e trabalhar em dois sentidos: 1.º – limpar levadas e veredas, recuperar as áreas ardidas, intervir nos pontos de maior risco de derrocada, fazer regressar o verde;

Em 2.º lugar tomar medidas para que estas e outras áreas, em especial na faixa entre as habitações e o início da mancha florestal, sejam rentáveis para os seus proprietários, e só é possível com a introdução da pecuária e da fruticultura”, considera. Oportunidade para anunciar que “a Câmara Municipal vai adquirir árvores em quantidade para distribuir aos proprietários que queiram converter terrenos abandonados em pomares”. Considera que esta medida importante para criar, na prática, “linhas corta-fogo”, mas também diz que estas “só serão eficazes se forem rentáveis para os proprietários, e para isso é preciso investimento público”, assume.

“Quanto à área florestal, é da responsabilidade do Governo Regional, os Municípios da Região não têm essa competência”, esclareceu. Ainda assim diz que a sua Autarquia estará sempre disponível “com a coordenação do Governo, a criar políticas de gestão da floresta”.