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A Guerra Mundo

Meloni reitera "compromisso permanente" do G7 com a defesa da Ucrânia

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A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, cujo país preside ao G7 este ano, assegurou ontem ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a centralidade do apoio à Ucrânia no grupo das sete democracias mais poderosas.

Meloni reiterou "a centralidade do apoio à Ucrânia na agenda da presidência italiana do G7 e o compromisso permanente com a legítima defesa da Ucrânia e com uma paz justa e duradoura", afirmou num comunicado, citado pela EFE.

À margem do Fórum Ambrossetti, que reúne personalidades políticas e económicas mundiais em Cernobbio (norte de Itália) para debater os desafios globais, a reunião centrou-se nos "últimos desenvolvimentos no terreno".

Ambos os líderes abordaram "as necessidades mais imediatas da Ucrânia nas vésperas do inverno e face aos contínuos ataques russos contra a população civil e as infraestruturas críticas", refere a mesma nota.

Não foi mencionado por ninguém qualquer acordo específico sobre a utilização das armas, nem se Zelensky conseguiu convencer a chefe do governo italiano a utilizar as armas na Rússia, uma vez que esta se tem oposto a qualquer utilização para além da defesa.

Foi dada "especial atenção à questão da reconstrução, também tendo em vista a próxima Conferência sobre a Recuperação da Ucrânia, que se realizará em Itália em 2025", uma organização que Zelensky agradeceu nas suas redes sociais.

"A restauração e a reconstrução da Ucrânia, em particular do sistema energético, é um dos temas debatidos durante a reunião. Apreciamos a decisão da Itália de acolher a próxima Conferência sobre a Restauração da Ucrânia", acrescentou Zelensky nas suas redes sociais.

Também se abordou a "implementação da Fórmula de Paz", segundo o presidente ucraniano, que quis agradecer à Itália e a Meloni por "participarem ativamente na execução de cada ponto" e "por trabalharem em conjunto para restaurar uma paz justa".

Na sua intervenção a seguir ao fórum, Meloni destacou que não se deve "pensar que o conflito se pode resolver abandonando a Ucrânia à sua sorte".

"A decisão de apoiar Kiev responde ao interesse nacional da Itália e nunca se alterará."

Depois de descartar uma vitória iminente da Rússia, apelou para que a China e a Índia possam promover negociações de paz, pois "têm um papel a desempenhar na resolução do conflito".

Zelensky também aproveitou a sua visita a Itália para se reunir com um grupo de representantes de mais de 30 empresas líderes de vários setores da economia e, em particular, discutiu o fornecimento de "equipamentos energéticos aos parceiros ucranianos, incluindo como ajuda humanitária" por parte de algumas dessas empresas.

Quanto à reconstrução após a guerra, o presidente sublinhou que "será necessário não só restaurar, mas também construir uma economia qualitativamente nova e infraestruturas modernas".

"Não haverá verdadeira reconstrução se não houver verdadeira segurança", garantiu Zelensky esta sexta-feira no seu discurso no encontro realizado anualmente em Cernobbio, às margens do Lago Como.

O Fórum Ambrosetti termina este domingo.