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Madeira

JPP acusa Albuquerque de estar a "afundar a Madeira na pobreza”

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O partido Juntos Pelo Povo promoveu este sábado, 7 de Setembro, a 3.ª edição da Festa do Povo, na Ponta do Sol. Uma ocasião para o secretário-geral da estrutura política, Élvio Sousa, vincar que “se hoje Miguel Albuquerque está no poder é por exclusiva responsabilidade do CDS, Chega, PAN e IL".

"São eles os fiadores de Albuquerque”, atirou, perante os militantes e simpatizantes do JPP, acusando o líder do Executivo Madeirense de estar "a afundar a Madeira na pobreza e a expulsar a classe média do acesso constitucional à habitação”.

“O JPP é o partido da Madeira, da Autonomia e de toda a classe trabalhadora”, disse Élvio Sousa, criticando, por outro lado, o “logro da governação regional apoiada pelos partidos fiadores do regime albuquerquista”.

Temos um governo incompetente, assente num modelo viciado, despesista, carregado de casos de alegada corrupção, uma governação gasta, sem um rasgo de esperança para os jovens, os trabalhadores e idosos, que suportam um pesado custo de vida com salários e pensões miseráveis. Élvio Sousa

O porta-voz do JPP criticou o "despesismo excessivo, numa subsidiodependência estratégica e subserviente a dois/três monopólios que não deixam a liberdade económica se impor" do Governo Regional liderado por Miguel Albuquerque.

O líder do JPP alertou ainda para as “contradições” de Miguel Albuquerque, desde a declaração “ao vento” de que “caso não obtivesse maioria recusava-se a governar”, ao recente “virar costas” às vítimas dos incêndios “regressando à espreguiçadeira no Porto Santo” enquanto a Madeira ardia.

“Albuquerque é infelizmente um homem sem palavra, um presidente que já perdeu toda a confiança da população”, sintetiza.

Com o ano parlamentar à porta, Élvio Sousa acusa Albuquerque de ter “transformado a Assembleia Legislativa Regional numa central de negócios, protegida por um Estatuto Político que não é revisto há mais de 20 anos”, e enumera as “falsas promessas do PSD/CDS, Miguel Albuquerque e José Manuel Rodrigues”, respetivamente, e dos “cooptados” Chega, PAN e IL.

“Desde a garantia do ferry sem compromisso, à promessa de que haveria barco em janeiro para o Porto Santo, à descida do custo do transporte marítimo de mercadorias, à redução das lista de espera da saúde, acabar com as benesses e privilégios, as subvenções vitalícias, a acumulação das reformas com os ordenados, as incompatibilidade e impedimentos, nada disto foi cumprido até à data”, garante.

Aos “fiadores” da governação, Élvio Sousa atirou: “Por onde andam o Chega, IL, PAN e CDS que viabilizaram as palavras ocas e os enganos do Programa de Governo? Por que razão nada disseram quando Albuquerque virou as costas às vítimas dos incêndios e recusou ir, de corpo presente, à Assembleia prestar contas aos deputados sobre os incêndios que lavraram na Região durante 12 dias?”

Com a Festa do Povo montada na Ponta do Sol, concelho onde o JPP foi o terceiro partido mais votado, atrás do PSD e PS, Élvio Sousa vincou a matriz fundadora de partido “da Madeira, da Autonomia e de toda a classe trabalhadora”, para puxar de algumas das principais bandeiras, tais como a defesa do setor primário, dos produtores de banana, de cana-de-açúcar, da uva e os pastores.

“Não vamos permitir que Albuquerque e o PSD continuem a dar sumiço à agricultura e a ter uma política de escravatura para quem vive da terra”, garantiu, arrematando: “Não descansaremos enquanto os agricultores não beneficiarem de rendimentos justos e os apoios necessários”.

A comunidade emigrante também não foi esquecida. Élvio Sousa revelou-se “preocupado” com a situação na Venezuela, pediu a libertação dos presos políticos, apelou à comunidade internacional para não deixar o país cair no esquecimento e deixou uma palavra de esperança aos luso-descendentes.

Antes de concluir, fez um retrato da herança albuquerquista. Élvio Sousa nota que, ao fim de quase uma década de Governo, “começa a ser uma evidência que a marca indelével da sua governação, é a proteção dos monopólios, os casos de alegada corrupção, uma economia controlada, viciada e subsidiodependente, uma autonomia moribunda e uma região de onde os jovens fogem e os mais velhos só não o fazem devido à idade”.