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A Guerra Mundo

Zelensky prepara plano de paz que quer partilhar com Biden, Harris e Trump

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O Presidente ucraniano anunciou hoje que vai partilhar um plano de paz com o chefe de Estado norte-americano, Joe Biden, e com os candidatos presidenciais Kamala Harris e Donald Trump.

"Preparei um plano e quero partilhá-lo com o atual Presidente dos Estados Unidos porque há alguns pontos que dependem" daquele país, afirmou Volodymyr Zelensky em declarações a jornalistas italianos à margem do Fórum Ambrosetti, que reúne personalidades das áreas política e económica em Cernobbio (norte de Itália) para debater os desafios globais.

Zelensky não revelou pormenores do plano, alegando que ainda é confidencial e será finalizado em novembro, altura em pretende o apresentar a Biden, mas também aos candidatos Kamala Harris (democrata) e Donald Trump (republicano), assim como aos líderes do G7.

"Queremos garantias", salientou o Presidente ucraniano, ao avançar que o "primeiro contacto será com Biden", embora, pelas suas declarações, fique claro que os aliados ocidentais poderão desempenhar um papel importante como "uma garantia de cessar-fogo" na guerra entre a Ucrânia e a Rússia.

"Não se trata apenas de armas, mas também de questões globais importantes, de um pacote de defesa concreto", salientou Volodymyr Zelensky, para quem isso seria um "forte impedimento para a Rússia e para pôr fim à guerra em termos diplomáticos".

O chefe de Estado defendeu ainda a incursão ucraniana em território russo, justificando que a operação na região de Kursk foi lançada porque os serviços de informações dos EUA e de outros países ocidentais "alertaram que a Federação Russa estava a tentar ocupar Kharkiv e a região de Sumy para criar uma zona tampão no norte da Ucrânia".

Alertou também para o fornecimento militar por parte da Coreia do Norte e do Irão a Moscovo: "Todos os mísseis de longo alcance lançados pela Rússia têm também componentes ocidentais, peças de Taiwan, peças chinesas. Temos todas as provas", garantiu.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.