36,4 milhões de euros devolvidos aos madeirenses

Normalmente não se dá muita atenção às notícias boas. A culpa pode ser dos meios de Comunicação Social, mas é sobretudo de todos nós. Basta ver o que fazemos nas redes sociais ou no nosso dia-a-dia. O que é bom é pouco propagado, mas uma desgraça é logo difundida “aos sete ventos”. E, como não poderia deixar de o ser, empolada até à saciedade.

Vem esta reflexão a propósito do anúncio de Miguel Albuquerque, feito no dia 3 de maio, a propósito das novas tabelas de IRS, de que com esta nova medida o Governo Regional vai devolver aos contribuintes 6,5 milhões de euros.

A estes mais de seis milhões há a somar mais 29,9 milhões de euros, no âmbito da redução fiscal já contemplada no Orçamento Regional para este ano. Ou seja, a Região, no total, vai devolver 36,4 milhões aos madeirenses e porto-santenses.

Um apoio a todos os madeirenses, com reflexos nos rendimentos das famílias, no bolso de cada um de nós.

É algo que terá impacto positivo na nossa vida, com vantagens para cada um de nós.

Não a vi, contudo, enfatizada na Comunicação Social. Nem difundida sobremaneira nas redes sociais. Como o deveria ter sido.

Não sei sequer porque fiquei surpreendido. Não foi esta, nem foram outras notícias positivas. Por exemplo, já há solução para a mobilidade aérea inter-ilhas, com o concurso a ser assegurado pela Binter.

Ótimo para os porto-santenses, sobretudo, mas também para os madeirenses que usam o meio aéreo para se deslocar até à Ilha Dourada.

Boa notícia, portanto. Foi divulgada, não.

Mas, uma briga qualquer é logo colocada a correr nas redes socais. Sem sequer se saber, muitas vezes, se o vídeo é verdadeiro ou se é novo ou antigo.

É mau, vamos divulgar. É bom, não é preciso.

Confesso que me faz espécie uma Sociedade que esquece o mérito, que não dá valor ao que é bom e que reage com indiferença a notícias e medidas positivas.

Os valores que devemos defender, apregoar, não são esses. Temos o dever, todos nós, de refletir se são essas mensagens de ódio, de privilégio do que é negativo, que queremos passar. Não é esconder o que de mal se passa, é divulgar na mesma medida ou mais o que é bom!

Ângelo Silva