A Segurança

A cultura de segurança é um conjunto de normas, crenças, valores e atitudes inerentes ao normal funcionamento de uma sociedade / organização, que devem refletir-se nas ações e comportamentos das pessoas, contribuindo para o desempenho eficaz e eficiente dos sistemas de segurança.

Na rotina diária, se estivermos sensibilizados para a cultura de segurança apercebemo-nos de comportamentos de cidadãos que, nela, não se enquadram.

Vemos, com alguma frequência, quem caminhe com uns auscultadores nos ouvidos ou esteja atento ao ecrã do telemóvel. Nestas circunstâncias a pessoa está com uma redução da sua atenção ao meio envolvente, por menor audição, visão, perceção, condições que aumentam a probabilidade de risco de ter ou causar um acidente.

Na condução automóvel, a mesma circunstância de comportamentos, agrava o risco porque é um meio motorizado e as consequências de um acidente são maiores.

A PSP no seu relatório de actividade semanal revela algumas detenções por condução sob efeito de álcool.

Os cidadãos que têm comportamentos semelhantes revelam que ainda não avaliaram o risco, dele não estão conscientes e de, em conformidade, estabelecerem uma hierarquia de prioridades ao nível da segurança pessoal e de terceiros que os leve a adotar comportamentos tipificados numa cultura de segurança.

O uso, aleatório, de fogo de artifício, em festas privadas, revela a falta de sensibilidade ao risco do mesmo, de poder causar incêndio, de ferir pessoas e animais.

O recente, grande e devastador incêndio, é um exemplo evidente.

Nas Festas Populares o uso do fogo de artifício, ainda que avaliado o risco e autorizado pelas entidades competentes, pode sempre ser causa de acidentes.

Recentemente, na Festa Popular da Capela das Almas, no Estreito de Câmara de Lobos, um foguete atingiu o quintal de uma residência, onde duas crianças, irmãos, de 3 e 5 anos, ficaram feridas com alguma gravidade. (DN, 08 Jul).

Os propósitos de uma cultura de segurança reside no facto dos humanos serem o “elo mais fraco” e necessitarem de uma estrutura para lhes dar a entender o que é o mais certo para a segurança. Neste sentido, existe um conjunto de tarefas que devem ser desenvolvidas por forma a tornar melhor a cultura de segurança.

A cultura de segurança promove a reputação das sociedades / organizações porque contribui para reduzir a probabilidade de os acidentes acontecerem.

“A boa reputação é um segundo património.” (Públio Siro)

João Freiras