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Associação de farmácias apela à vacinação e diz que farmácias estão preparadas

Foto Shutterstock
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A Associação Nacional de Farmácias (ANF) apelou hoje à vacinação contra a gripe e a covid-19, salientando que "as farmácias comunitárias estão totalmente preparadas para vacinar a população".

A reação da presidente da ANF, Ema Paulino, surge depois de a secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, ter dito na quarta-feira que o plano de vacinação iria manter a possibilidade de os cidadãos se vacinarem nas farmácias, pelo segundo ano consecutivo.

"Todos queremos uma Saúde mais próxima, e o alargamento da vacinação às farmácias veio facilitar o acesso às vacinas, mais perto de casa, em horários alargados, num ambiente seguro e de confiança", salientou Ema Paulino, numa mensagem enviada à agência Lusa.

Segundo a responsável, a experiência adquirida na campanha anterior veio reforçar ainda mais a confiança e a satisfação das pessoas no processo de vacinação nas farmácias, em proximidade.

Deixando um apelo à população para seguir as recomendações das autoridades de saúde e vacinar-se, Ema Paulino realçou que "as vacinas são seguras e eficazes" e "evitam doenças graves".

A campanha de vacinação sazonal do outono-inverno de 2024-2025 começa no final de setembro, com a vacina da gripe reforçada para os utentes com mais de 85 anos, anunciou na quarta-feira Ana Povo.

"O plano de vacinação vai começar entre a terceira e quarta semana de setembro", disse, durante a apresentação do balanço do Plano de Emergência e Transformação na Saúde, no Ministério da Saúde, em Lisboa, na quarta-feira.

"Além da vacina da covid-19 e da vacina da gripe, nós, este ano, vamos ter a vacina da gripe reforçada -- dose reforçada -- para os utentes com mais de 85 anos", sublinhou.

Ana Povo explicou que, com o reforço da vacinação aos idosos com mais de 85 anos, o Ministério da Saúde pretende que haja "menos sobrecarga nos serviços de urgência" dos hospitais.

"Além disso, e já foi anunciado previamente, vamos vacinar as crianças contra o vírus sincicial respiratório, que, nesta altura do ano, do inverno, é uma situação que sobrecarrega não só as urgências, mas também os internamentos pediátricos", realçou.

A governante lembrou que a sobrecarga, que se prevê que se agrave ao longo inverno, não está só dependente da afluência dos doentes aos hospitais".

"Está também dependente da inexistência -- muitas vezes -- de camas para internar os doentes que necessitam de internamento nas urgências. Isto sobrecarrega as equipas, as equipas não aumentam, chegam às urgências e têm doentes internados na urgência".

Por isso, o Governo está a trabalhar para aumentar as camas no setor social, de forma a tirar dos hospitais os doentes que não necessitam de internamento, salientou.

Na conferência de imprensa, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse que o diretor executivo do SNS, António Gandra d'Almeida, "a seu tempo fará a apresentação do plano de inverno, juntamente com os outros dirigentes do Ministério da Saúde".

O Governo vai gastar 7,6 milhões de euros com a vacinação contra a covid-19 e a gripe nas farmácias e quer ter mais pessoas vacinadas até ao final de novembro.

A portaria, assinada pela secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, indica que, além da aquisição das vacinas, está previsto "um impacto orçamental até 7.600.000 euros, correspondente à remuneração que, no total, será paga às farmácias", sendo sublinhado o objetivo de "assegurar elevados padrões de eficiência e efetividade" com este processo.